O Vila Nova viajou até o estado do Rio de Janeiro para enfrentar o Volta Redonda no Estádio Raulino de Oliveira. Marcando o fim do primeiro turno da Série B, o colorado foi derrotado por 2 a 1 na noite deste domingo (27). Ítalo e Marcos Vinícius foram os responsáveis por quebrar a sequência de invencibilidade do Tigrão. Além disso, Gabriel Poveda diminuiu no aos 81 minutos, mas não obteve sucesso em buscar o empate.
Com a derrota, o Vila fecha o primeiro turno com os mesmos 27 pontos conquistados, e se afasta do G-4. O Volta Redonda, por outro lado, se despede da zona de rebaixamento, e respira na 15ª colocação.
Mudanças caras
A princípio, o primeiro tempo parecia apresentar uma mudança de postura na equipe de Luizinho Lopes. O que foi visto nas últimas rodadas foi um time com um sistema defensivo sólido, que não se preocupava em manter a posse de bola em seus pés. Seguindo esse funcionamento, o ataque dependerá de contra-ataques rápidos e fatais. A partir disso, o Vila Nova se mostrou com um estilo de jogo diferente diante do Volta Redonda, e com ele surgem fragilidades.
A estrutura do time seguia o mesmo padrão, um 4-4-2 quando não tinha a bola em seus pés, e um giro para o sistema com três zagueiros em situações de ataque. Diferente dos confrontos anteriores, o Tigre manteve a posse de bola com maior efetividade. Portanto, as poucas investidas do Colorado não foram por meio de jogadas rápidas de transição, buscando velocidade e um ataque fatal. Eram cadenciadas, com troca de passes curtos no meio-campo, seguindo as mesmas dinâmicas, mas com uma velocidade e postura distinta. Dessa forma, nasce um ponto fraco, a evidente falta de criatividade do time vilanovense.
A interpretação do duelo foi crucial para o seu desenrolar. O Vila até poderia seguir com a bola nos pés, mas o Volta Redonda ditava o ritmo da partida. Com uma marcação firme e duelos intensos no meio-campo, a defesa do mandante matava as ofensivas do Colorado antes delas nascerem. Com isso, o que faltou?
Na primeira metade, o Vila Nova não criou suas próprias oportunidades. Explicado pela falta de costume do time, que evidentemente não segue esse padrão de ataque. O que pode ser uma explicação, mas não justifica. O Colorado poderia ter aproveitado situações com Gustavo Pajé e Bruno Xavier nas pontas, enfiadas de bola da dupla de volantes, e construções seguras de Dodô, mas não o fez.
No segundo tempo, o 2 a 0 logo aos dez minutos parecia ter matado o jogo, sepultando a invencibilidade do Vila Nova. Nesse sentido, o Voltaço seguiu a partida com o placar nas mãos, esperando o tempo passar, com poucas ameaças claras do Tigrão. A defesa vilanovense segue sendo a maior arma do time de Luizinho, mas hoje enfrentou dificuldades de concentração, um pecado imperdoável na Série B. A combinação dos erros de atenção com uma marcação alta, resultaram em passes limpos entre as linhas, bolas enfiadas, e uma liberdade exagerada para os homens de frente do Volta Redonda.
Os jogadores em campo pareciam se contentar com a derrota fora de casa, e apresentaram um pico de motivação com o gol de Gabriel Poveda aos 81. Um empate salvaria a sequência positiva que o Vila Nova somou nas últimas rodadas. Mas a pressão não foi suficiente para furar a defesa do Voltaço, que com uma marcação mais próxima de seu goleiro, travou as investidas do Colorado. Um comportamento arriscado, mas não quando o adversário encontra uma dificuldade imensa em jogar com a bola nos pés: sem criatividade, sem velocidade, sem construções, muitos cruzamentos e nada de gols.
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