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Violência psicológica é desafio que requer rede de proteção à mulher

Administrador Por Administrador
3 de dezembro de 2025
Em Cidades
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Violência psicológica é desafio que requer rede de proteção à mulher

A técnica em enfermagem Rosilene Barbosa do Espírito Santo, de 38 anos, foi morta com tiros à queima-roupa pelo ex-marido em uma distribuidora de bebidas em Rio Verde, no Sudoeste goiano, no último sábado (29/11). 

O assassinato interrompeu uma história de mais de 15 anos de humilhações, controles e agressões que, segundo familiares, nunca deixaram marcas visíveis, mas foram determinantes para a escalada fatal. 

O retrato de Rosilene abrange problemas íntimos e psicológicos: antes da agressão física, vieram o medo, a vigilância e o silenciamento. Como em tantos casos, a violência começou muito antes do disparo.

Dados do maior levantamento sobre violência psicológica contra a mulher, do Instituto DataSenado, mostram que 88% das brasileiras já sofreram esse tipo de agressão, muitas vezes dentro de relacionamentos afetivos. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 coloca Goiás em 9º lugar no ranking nacional. 

No Estado, os registros de perseguição (stalking) subiram de 3.792 casos em 2023 para 4.098 em 2024, alta de 8,1%. As ocorrências formais de violência psicológica passaram de 2.828 para 3.061 no mesmo período, um crescimento acima da média nacional e que demonstra maior percepção e denúncia, mas também avanço da prática.

Formas invisíveis de agressão
A violência psicológica não deixa hematomas, mas causa danos profundos e acumulativos. Ela pode se manifestar por xingamentos, humilhações repetidas, chantagens, isolamento, vigilância, controle de finanças, gaslighting, ameaças e perseguição contínua. 

O agressor também pode utilizar a tecnologia rastreamento por GPS, mensagens invasivas, perfis falsos, compartilhamento não autorizado de imagens e constrangimento público nas redes sociais, o que amplia as formas de controle e torna o assédio mais persistente e presente.

As consequências atingem diretamente a autonomia e a saúde mental. Mulheres submetidas durante meses ou anos a agressões emocionais relatam queda da autoestima, depressão, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e até transtorno de estresse pós-traumático. 

Há ainda impactos econômicos e sociais: perda de emprego, dificuldade em manter encontros com familiares e amigos e mudanças drásticas de rotina por medo. Crianças que testemunham a violência têm maior risco de problemas emocionais, dificuldades escolares e tendência a reproduzir padrões agressivos na vida adulta.

Pesquisa do DataSenado indica que 71% das agressões são testemunhadas por terceiros e, mesmo assim, quase 40% das testemunhas não intervêm por medo, desconhecimento ou naturalização da violência. Esse silêncio coletivo amplia o isolamento da vítima e enfraquece a rede de apoio, o que favorece a continuidade do abuso.

“Antes de um homem agredir, a violência psicológica já está lá”, afirma a delegada Ana Elisa Gomes, titular da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem). A delegada lembra que cerca de 20 mil mulheres em Goiás estão sob medida protetiva de urgência e que, entre elas, apenas cinco ou seis casos evoluíram para feminicídio nos últimos meses, número que, embora trágico, reforça que a proteção legal reduz significativamente o risco. “A segurança costuma agir quando tudo já deu errado. Precisamos atuar antes da primeira agressão física, quando os sinais surgem”, alerta.

Estado amplia rede de proteção e aposta em tecnologia para tentar frea violência

Goiás ampliou nos últimos anos uma rede que integra segurança, assistência social e tecnologia. A Deaem coordena investigações especializadas e várias regiões contam com programas como a Patrulha Mulher Mais Segura, que realiza visitas domiciliares e monitoramento preventivo. O aplicativo Mulher Segura permite que vítimas acionem socorro em tempo real e a delegacia virtual facilita o registro formal sem exposição direta.

Programas sociais como o Goiás Por Elas oferecem auxílio financeiro emergencial para mulheres em situação crítica e leis estaduais garantem amparo a crianças e adolescentes órfãos de feminicídio. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e a Secretaria de Desenvolvimento Social lançaram edital de R$ 1 milhão para financiar projetos de enfrentamento à violência de gênero, com prioridade a iniciativas construídas com mulheres e dentro das comunidades.

Ainda assim, especialistas apontam lacunas. Em municípios menores, faltam delegacias especializadas e equipes multiprofissionais. A sobrecarga do Judiciário e a demora em decisões de medidas protetivas reforçam a sensação de impunidade. Há também relatos frequentes de revitimização: perguntas invasivas, descrédito e dificuldade de acesso a atendimento jurídico e psicológico, o que inibe novas denúncias.

A prevenção exige políticas públicas permanentes e intersetoriais. Envolver escolas, unidades básicas de saúde, conselhos tutelares e lideranças comunitárias é fundamental para quebrar ciclos. Especialistas defendem programas de educação emocional, capacitação de profissionais para identificar sinais e ações voltadas para homens e meninos, com foco na construção de novas masculinidades.

“Não vamos mudar o futuro sem mexer com a cultura agora”, diz a delegada. Ana Elisa destaca que a legislação existe desde a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) até a lei que tipifica a violência psicológica (Lei 14.188/2021), mas sem formação continuada e uma mudança de postura institucional, os avanços ficam no papel. 

Organizações Não Governamentais (ONGs), coletivos feministas e movimentos comunitários desempenham papel decisivo no acolhimento, na orientação jurídica, no acesso a políticas públicas e na construção de planos de proteção personalizados.

Além dos canais de emergência (190), as vítimas podem acionar a Central de Atendimento à Mulher (180), o Disque Denúncia (197) e as Delegacias Especializadas (Deams/Deaem). 

Medidas protetivas podem ser solicitadas sem abertura imediata de processo criminal, uma alternativa importante para interromper perseguições e reduzir o risco imediato. Aplicativos como o Mulher Segura e a delegacia virtual oferecem caminhos discretos para registrar ocorrências e pedir ajuda.

“Denunciar não é só punir. É proteger. Mesmo quando a mulher não quer dar início a um processo, ela pode pedir medida protetiva”, reforça Ana Elisa. O caso de Rosilene mostra que sinais chegam à sociedade e às instituições, mas muitas vezes sem gerar reação rápida o suficiente. Uma resposta eficiente exige ação integrada: tecnologia de proteção, acolhimento humanizado, capacitação profissional e mudança cultural permanente.

Leia mais: Homem é preso após matar ex-namorada e ligar para a família confessando o crime em Valparaíso

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