O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo programa de transferência direta de renda voltado para famílias de baixa e média renda, parecido com o programa brasileiro Bolsa Família. A proposta prevê o pagamento de cheques de até US$ 2 mil por pessoa, custeados por recursos arrecadados com tarifas sobre produtos importados, principalmente da China.
Durante entrevista, Trump afirmou que o plano tem como objetivo devolver parte do dinheiro arrecadado ao povo americano. “Estamos arrecadando trilhões de dólares com tarifas e vamos devolver parte desse dinheiro ao povo americano”, disse. Segundo o presidente, a medida busca reduzir o custo de vida, fortalecer a economia doméstica e impulsionar o consumo interno.
A princípio, o programa beneficiará famílias com renda anual de até US$ 60 mil. Aqueles com ganhos superiores não terão acesso aos cheques. Cada integrante do núcleo familiar receberá o valor individualmente. Assim, uma família de quatro pessoas poderá somar até US$ 8 mil em auxílio.
Enquanto isso, equipes da Casa Branca estudam o formato de pagamento para garantir que os recursos cheguem diretamente aos beneficiários, sem intermediação burocrática. A proposta segue modelo semelhante ao adotado durante a pandemia, quando o governo distribuiu cheques emergenciais para milhões de cidadãos.
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Comparações com o Bolsa Família
Nos Estados Unidos, a imprensa e analistas econômicos passaram a comparar o plano ao Bolsa Família brasileiro. Ambos os programas se baseiam em transferências diretas de renda a famílias em situação de vulnerabilidade. No entanto, há diferenças significativas na origem dos recursos.
Enquanto o Bolsa Família utiliza verba do orçamento público, o plano de Trump será financiado com o dinheiro das tarifas de importação. Segundo o presidente, essa medida garante que “o dinheiro pago pelos estrangeiros beneficie o povo americano”.
Efeitos econômicos esperados
De acordo com a Casa Branca, o governo espera que o programa, inspirado no Bolsa Família, estimule o consumo e aqueça a produção interna. A expectativa é que, com maior poder de compra, as famílias movimentem setores estratégicos da economia.
Por outro lado, economistas alertam para possíveis efeitos inflacionários, já que o aumento nas tarifas tende a elevar o custo de produtos importados. Mesmo assim, o governo mantém a previsão de que o impacto positivo no consumo será superior ao aumento de preços.
EUA terão cheques de US$ 2 mil para famílias de baixa e média renda, inspirado em Bolsa Família. Foto: Divulgação
Reações políticas
Entre aliados republicanos, a proposta foi recebida como uma medida popular e de fortalecimento da imagem social do presidente. “É uma forma de transformar tarifas em benefícios concretos”, afirmou um assessor da Casa Branca, sob anonimato.
Em contrapartida, líderes democratas classificaram o programa como uma ação com fins eleitorais. Segundo eles, a iniciativa busca recuperar o apoio de trabalhadores afetados pela inflação nos últimos anos.
Próximos passos
A Casa Branca ainda não anunciou a data de início dos pagamentos. Trump afirmou que a equipe econômica trabalha para implementar o programa o mais rápido possível, sem necessidade de aprovação do Congresso. Caso seja viabilizado, o chamado “Bolsa Família americano” poderá se tornar o maior programa de transferência direta de renda da história dos Estados Unidos.
Com isso, o governo norte-americano une, em uma mesma proposta, política social e nacionalismo econômico.








