O governo deve anunciar hoje (9/11), durante a Cúpula do Clima da ONU (COP30), uma nova doação da Suíça ao Fundo Amazônia. O país europeu vai contribuir com 5 milhões de francos suíços, o equivalente a cerca de R$ 33 milhões, para reforçar o financiamento de ações de combate ao desmatamento e promoção do desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. As informações são do UOL.
Ao lado do embaixador da Suíça no Brasil, Hanspeter Mock, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, participarão hoje à tarde do evento “Presença Suíça na COP30”, que formalizará a doação.
Fundo Amazônia volta a receber aportes internacionais
Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem como objetivo financiar projetos de redução de emissões provenientes do desmatamento e da degradação florestal (REDD+), além de apoiar iniciativas de uso sustentável da floresta e monitoramento ambiental na Amazônia Legal.
Gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o fundo apoia ações de órgãos públicos, organizações não governamentais e entidades que atuam diretamente na região amazônica. Desde sua criação, já beneficiou cerca de 260 mil pessoas e mais de 600 organizações comunitárias, além de ter financiado 144 projetos de conservação e desenvolvimento sustentável.
O Fundo Amazônia ficou paralisado entre 2019 e 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a suspensão de doações internacionais. Sua reativação foi um dos primeiros movimentos do atual governo na área ambiental, com a retomada de parcerias com países doadores, como Noruega, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, União Europeia, e agora, Suíça.
Fundo Florestas Tropicais para Sempre já soma US$ 5,5 bilhões em promessas
Além do anúncio da Suíça, outro fundo ambiental brasileiro tem ganhado destaque na COP30: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Lançado pelo Brasil na COP de Dubai em 2023, o TFFF foi concebido para financiar ações globais de combate ao desmatamento em florestas úmidas tropicais, como a Amazônia, o Congo e o Sudeste Asiático.
No primeiro dia da Cúpula de Líderes da COP30, o TFFF alcançou US$ 5,5 bilhões em promessas de investimento, sendo US$ 1 bilhão provenientes do próprio governo brasileiro. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a meta é chegar a US$ 10 bilhões até 2026 e US$ 125 bilhões no total, à medida que novos parceiros internacionais se somem à iniciativa.
A diferença entre o TFFF e o Fundo Amazônia está no alcance e na estrutura de remuneração. Ambos condicionam os repasses à redução comprovada do desmatamento, mas o TFFF também prevê recompensas pela recuperação de áreas degradadas, o que amplia o potencial de retorno financeiro e ambiental dos projetos apoiados.
De acordo com o BNDES, a complementaridade entre os dois fundos fortalece a posição do Brasil como um dos principais articuladores da agenda climática global, além de incentivar modelos sustentáveis de produção e conservação.
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