Uma servidora do Centro de Atendimento Integrado de Saúde (CAIS) Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, foi presa em flagrante pela Polícia Militar (PM) na quinta-feira (16) após ser denunciada por cobrar um valor indevido de uma paciente para liberar um exame médico oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o boletim de ocorrência, a paciente procurou a unidade de saúde para agendar um exame e foi informada pela servidora Andressa Gonzaga Moreira de que não havia vagas disponíveis. No dia seguinte, a funcionária entrou em contato com a paciente pelo WhatsApp, afirmando ter conseguido o encaixe, mas condicionou a liberação do exame ao pagamento de um valor que corresponderia à metade do cobrado por um laboratório particular.
Desconfiada da cobrança, a paciente voltou ao CAIS e questionou a servidora, que manteve a cobrança e se recusou a liberar o encaminhamento sem o depósito. Diante da irregularidade, a mulher acionou a PM, que foi até o local e constatou, por meio das mensagens apresentadas, a tentativa de cobrança indevida.
Servidora confessou ter solicitado o PIX
Durante a abordagem, Andressa confessou ter solicitado o PIX e admitiu o teor das conversas. A servidora e a vítima foram levadas à Central Geral de Flagrantes de Aparecida. A autoridade policial entendeu que o caso se enquadra no crime de concussão, previsto no artigo 316 do Código Penal Brasileiro, e lavrou o auto de prisão em flagrante contra Andressa.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida informou que determinou a demissão imediata da servidora e instaurou procedimento administrativo para apurar o caso. O órgão afirmou colaborar com as investigações e reforçou que todos os serviços oferecidos na rede pública municipal são gratuitos e garantidos pelo SUS.