Seis foragidos da Justiça de Goiás estão entre os 117 suspeitos mortos durante a Operação Contenção, realizada na terça-feira (28/10), nos morros do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Segundo a cúpula da segurança pública fluminense, os criminosos tinham ligação direta com o Comando Vermelho (CV) e todos possuíam mais de oito anotações criminais cada.
A operação foi classificada como a mais letal da história do estado, com 121 mortos no total, incluindo quatro policiais, e mais de 100 presos.
Perfis dos criminosos mortos
Fernando Henrique dos Santos, conhecido como “Fernandinho” ou “Periquito”, acumulava 15 antecedentes criminais, entre eles tráfico, associação para o tráfico, porte ilegal de arma, receptação, uso de documento falso, adulteração de veículo, homicídio, furto, extorsão e roubo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), ele estava no Rio desde o final de 2020, quando rompeu a tornozeleira eletrônica.
Marcos Vinicius da Silva Lima, o “Rodinha” ou “Brancão”, era apontado como líder do Comando Vermelho em Itaberaí. Ele respondia a 11 processos por roubo, associação criminosa armada, tráfico, porte ilegal de arma e tentativa de homicídio.
Adan Pablo Alves de Oliveira, o “Madruga”, liderava a facção em Trindade e já havia sido preso 10 vezes, por tráfico, homicídio, corrupção de menores, desobediência, ameaça e lesão corporal.
O mais procurado entre os goianos era Éder Alves de Souza, o “Disquete”, conhecido por dar ordens à facção em Aparecida de Goiânia. Ele respondia a 12 processos, incluindo roubo qualificado, associação criminosa, uso de documento falso, corrupção ativa e tráfico de drogas.
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Cleiton César Dias Mello, o “Cleitinho”, estava foragido desde 2022, quando também rompeu a tornozeleira eletrônica. Tinha nove inquéritos abertos por tráfico, associação criminosa, porte ilegal de arma e homicídio.
Já Vanderley Silva Borges, o “Deley”, era vinculado ao Comando Vermelho em Anápolis e respondia por nove crimes, entre eles associação para o tráfico, tortura, porte ilegal de arma, corrupção de menor e homicídio.
Contexto da operação
A Operação Contenção foi deflagrada para desarticular núcleos do Comando Vermelho que abrigavam criminosos de outros estados, incluindo Goiás. Segundo o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, o grupo criminoso “atua com poder bélico e inteligência comparáveis a zonas de guerra”.
Foto: Tomaz Silva/ABr
As autoridades de segurança afirmam que o objetivo é enfraquecer a expansão interestadual da facção, que já domina mais de mil comunidades no Rio e mantém conexões com traficantes de outras regiões do país.










