Entre janeiro e agosto de 2025, a Equatorial Goiás registrou 167 ocorrências de queimadas que atingiram diretamente a rede elétrica, um aumento superior a 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas em agosto, foram 46 registros, quase dois casos por dia.
Além de prejudicar a continuidade do fornecimento, as queimadas representam risco à segurança da população, dificultam o trabalho de manutenção e podem danificar a infraestrutura elétrica. “Em 2025, estamos enfrentando queimadas de maior extensão e em áreas mais sensíveis da rede elétrica. Isso amplia a complexidade no atendimento e exige uma atuação ainda mais coordenada para garantir a segurança da população e a continuidade do fornecimento”, explica Vinicyus Lima, gerente do Centro de Operações Integradas da Equatorial Goiás.
O Estado vive condições inseridas no chamado fator 30,30,30; temperatura acima de 30 °C, umidade relativa do ar abaixo de 30% e ventos moderados ou fortes. O cenário torna o ambiente mais suscetível ao fogo e à propagação das chamas. Atualmente, a umidade já está abaixo de 20%, o que agrava a situação.
Em agosto, uma queimada próxima à subestação que atende Aragoiânia, Guapó, Posselândia e Varjão provocou interrupção temporária no fornecimento, normalizado em 22 minutos após manobras telecomandadas. Já em Anápolis, um incêndio sob uma linha de transmissão afetou Corumbá de Goiás, Pirenópolis, Abadiânia, Cocalzinho e Alexânia. O serviço foi restabelecido em 16 minutos.
“As queimadas não colocam em risco apenas a rede elétrica, mas também a vida das pessoas e o meio ambiente. A colaboração da sociedade é fundamental para evitar essas ocorrências e garantir um fornecimento mais seguro”, destaca Lima.
Ranking de cidades mais afetadas
Goiânia: 38 registros
Anápolis: 15 registros
Catalão: 10 registros
Aparecida de Goiânia: 8 registros
Morrinhos: 5 registros
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