Um produtor musical com forte atuação no cenário sertanejo em Goiás foi um dos alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada na manhã desta quinta-feira (28/08). Ivan Miyazato, sócio da empresa Miyazato Music e responsável por produções de grandes nomes do gênero, integra a lista de 350 investigados suspeitos de envolvimento em um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis. O grupo, segundo o Ministério Público, é controlado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e atua em Goiás e outros nove estados.
A ofensiva no estado foi coordenada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Gaeco, em apoio ao Ministério Público de São Paulo, ao Ministério Público Federal, à Receita Federal e à Polícia Militar. Em Senador Canedo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em empresas ligadas ao setor de combustíveis.
Miyazato é reconhecido nacionalmente no meio musical e tem registros de trabalhos com Gusttavo Lima, Edson & Hudson, Zé Neto & Cristiano, Matheus & Kauan, Maiara & Maraisa, Israel & Rodolffo, Jorge & Mateus, Paula Fernandes, Chitãozinho & Xororó e Lauana Prado. Nas redes sociais, o produtor aparece frequentemente ao lado desses artistas, mostrando bastidores de shows e ensaios.
Nas redes sociais, Ivan Miyazato aparece frequentemente ao lado de cantores e duplas sertanejas de renome, divulgando ensaios e shows. Em sua biografia profissional, afirma ter conquistado o Grammy de Melhor Álbum de Música Sertaneja em 2020. Em uma postagem recente, destacou: “Enquanto uns seguem fórmulas prontas, a gente constrói algo real. Aqui, quem vive a música de verdade tem espaço, voz e propósito.”
Esquema bilionário
Segundo decisão da 2ª Vara Criminal de Catanduva (SP), a organização criminosa movimentou mais de R$ 8 bilhões em operações fraudulentas, causando prejuízos bilionários à cadeia de produção, distribuição e comercialização de combustíveis no país.
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Em Goiás, a ação mobilizou 2 promotores de Justiça, 15 agentes de segurança institucional, 12 policiais militares e 8 auditores da Receita Federal. Nacionalmente, a operação contou com cerca de 1.400 agentes públicos, envolvendo também Polícia Federal e polícias Civil e Militar de São Paulo. Além de Goiás, os mandados foram cumpridos em São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
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