A influenciadora Virginia Fonseca, conhecida por sua forte presença nas redes sociais, voltou a ser assunto — desta vez por causa da empresa de cosméticos que leva seu nome como sócia. O Procon Goiás autuou a Wepink por descumprimento do prazo de entrega de produtos vendidos pela internet e pela falta de assistência adequada aos consumidores.
Entre 2024 e 2025, o órgão recebeu cerca de 340 reclamações contra a marca, envolvendo atraso, não entrega de pedidos e ausência de retorno por parte da empresa.
De acordo com o Procon Goiás, a Wepink anuncia e comercializa produtos de perfumaria e cosméticos em todo o Brasil, mas não tem cumprido os prazos informados no momento da compra. Em uma das denúncias registradas, uma consumidora afirmou ter feito o pedido há mais de sete meses sem receber os itens. Segundo ela, após solicitar o cancelamento da compra e o estorno do valor pago, não obteve resposta da empresa.
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Lives e ofertas chamativas continuam
Mesmo com as queixas acumuladas, as transmissões ao vivo da marca continuam sendo realizadas. Durante as lives, influenciadores e representantes da Wepink divulgam produtos a preços promocionais, com links diretos para compra. Esses eventos se tornaram uma das principais estratégias de venda da empresa e atraem milhares de espectadores em busca de descontos.
O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, afirmou que a entrega do produto anunciado é uma obrigação legal. “O atraso ou a não entrega de uma mercadoria anunciada configura descumprimento de oferta. Nesses casos, o consumidor pode exigir outro produto equivalente ou o reembolso total do valor pago, incluindo o frete e eventuais prejuízos financeiros”, explicou.
Ele acrescentou que, quando o prazo inicial é descumprido, a empresa deve oferecer um novo prazo ao consumidor que ainda deseja receber o produto. Caso isso não ocorra, o cliente tem o direito de optar pela devolução imediata do dinheiro.
Stand da Wepink em Goiânia | Foto: divulgação
Empresa de Virginia Fonseca já havia sido notificada em 2024
O histórico de notificações da Wepink não é recente. Diante do grande volume de reclamações registradas no ano passado, o Procon Goiás notificou a empresa no início de 2025 para que apresentasse explicações e documentos referentes aos atrasos e à falta de entrega dos produtos. A marca teve 20 dias para responder, mas, segundo o órgão, não enviou a documentação dentro do prazo, o que resultou em uma autuação anterior.
De acordo com o Procon Goiás, a Wepink violou os artigos 6º e 39º do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O primeiro garante o direito à informação e à proteção contra práticas abusivas; o segundo trata da recusa injustificada no atendimento ao consumidor e da ausência de prazos claros para cumprimento das obrigações.
Além da atuação sobre o site da marca, o Procon também notificou os quiosques da Wepink localizados nos shoppings Flamboyant e Passeio das Águas, em Goiânia. Nesses casos, os responsáveis apresentaram os documentos solicitados pelos fiscais e, após análise, o órgão não identificou irregularidades nas promoções e políticas de preços praticadas.
Até o momento, nem a empresa de cosméticos e nem Virginia Fonseca se manifestaram publicamente sobre as autuações.
A Wepink, que tem Virginia Fonseca como uma das sócias, é uma marca nacional voltada para o público jovem e costuma lançar produtos por meio de parcerias com influenciadores. Desde o lançamento, a empresa ganhou destaque nas redes sociais, mas também vem acumulando reclamações relacionadas ao atendimento e à logística de entrega.