Profissionais especializados em instalação de películas aplicaram, nesta segunda-feira (24), um filtro blackout nas entradas e janelas da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está preso desde sábado. A medida ocorre um dia após Bolsonaro ter sido visto e fotografado durante um deslocamento interno, logo após receber a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo integrantes da PF, no momento do registro, Bolsonaro se dirigia da sala de visitas para a sala onde está custodiado. A corporação afirma que esses deslocamentos seguem protocolos de segurança e, por isso, não devem mais ser visualizados nem fotografados após a instalação das películas.
Prisão preventiva e riscos apontados pela PF
Bolsonaro foi preso na manhã de sábado (22), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Polícia Federal. A corporação alegou risco à ordem pública, especialmente diante da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
No pedido, a PF destacou que a concentração de apoiadores poderia gerar tumulto e criar um ambiente propício à fuga. Moraes citou que a convocação tinha potencial para obstruir a fiscalização das medidas cautelares.
Violação de tornozeleira motivou decisão
Outro fator determinante foi a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, registrada na madrugada de sábado. Bolsonaro admitiu aos agentes ter usado um ferro de solda para tentar abrir o equipamento. O episódio reforçou, segundo Moraes, a necessidade da conversão da prisão domiciliar em prisão preventiva.
STF confirma prisão por unanimidade
Nesta segunda-feira, a Primeira Turma do STF referendou, por unanimidade, a decisão de Moraes. Os ministros votaram em sessão virtual extraordinária para manter Bolsonaro preso preventivamente na Superintendência da PF.







