O Governo de Pernambuco acaba de lançar o primeiro Concurso Público Unificado do Estado (CPU-PE), iniciativa inédita que promete transformar o acesso ao serviço público estadual. O edital, publicado no Diário Oficial nesta quinta-feira (9), oferece 460 vagas imediatas para cargos de níveis médio e superior, com salários que variam de R$ 2.189,17 a R$ 11.359,85. As provas serão aplicadas em dez cidades pernambucanas entre os dias 14 e 21 de dezembro, sob organização da Fundação Carlos Chagas (FCC).
Inspirado no modelo do Concurso Nacional Unificado (CNU) do governo federal, o CPU-PE reúne, em um único processo seletivo, vagas de nove órgãos estaduais, entre eles a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), a Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), a Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado (Funape), a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), a Secretaria de Administração (SAD), a Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE) e a Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag).
De acordo com a secretária de Administração, Ana Maraíza, o novo modelo busca “tornar o processo mais transparente, eficiente e acessível, ampliando a democratização do ingresso ao serviço público estadual”. O formato permite que o candidato concorrra a até três cargos distintos, desde que pertençam a blocos e períodos de prova diferentes.
Blocos e inscrições
As oportunidades estão divididas em três blocos:
Bloco 1 – Formação específica de nível superior (261 vagas);
Bloco 2 – Qualquer área de formação de nível superior (121 vagas);
Bloco 3 – Formação de nível médio (78 vagas).
As inscrições ficam abertas até 7 de novembro no site da Fundação Carlos Chagas (FCC). O valor da taxa varia conforme o cargo pretendido: R$ 90 para nível médio, R$ 130 para nível superior e R$ 190 para cargos de Gestor Governamental. O pagamento poderá ser efetuado até 10 de novembro, e pedidos de isenção da taxa serão aceitos até 14 de outubro.
Onde serão aplicadas as provas
As avaliações ocorrerão em Afogados da Ingazeira, Araripina, Arcoverde, Carpina, Caruaru, Floresta, Palmares, Petrolina, Recife e Salgueiro, abrangendo todo o território pernambucano. A aplicação será dividida por datas e turnos:
14 de dezembro (manhã): Bloco 1;
21 de dezembro (manhã): Bloco 2;
21 de dezembro (tarde): Bloco 3.
A escolha do local de prova não está vinculada à futura lotação do candidato aprovado.
Estrutura das provas
O certame contará com prova objetiva e prova discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório. Para os cargos de nível superior (exceto gestor governamental), a prova objetiva terá 60 questões, sendo 30 de conhecimentos gerais e 30 de conhecimentos específicos. Já os gestores governamentais responderão a 70 questões, com 40 específicas.
Os candidatos ao nível médio farão uma prova com 60 questões e uma redação dissertativo-argumentativa, avaliada de 0 a 100 pontos, sendo necessário alcançar ao menos 60 pontos para aprovação. Para o nível superior, a etapa discursiva será composta por duas questões de estudo de caso, com média mínima exigida de 50 pontos.
Os concorrentes habilitados poderão, ainda, participar de uma segunda etapa de formação profissional, exclusiva para os cargos de Gestor Governamental — nas áreas de administração, contabilidade, controle interno e planejamento. Essa fase será realizada no município do Recife, em data a ser divulgada posteriormente.
Cargos e oportunidades
Entre os destaques do Bloco 1 estão os cargos de analista de regulação (ARPE), consultor em tecnologia da informação (ATI), analista jurídico previdenciário (Funape) e engenheiro ambiental (CPRH). Há ainda vagas para assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, nutricionistas, contadores e advogados.
No Bloco 2, que aceita candidatos de qualquer formação superior, destacam-se as vagas para gestor governamental, analista em gestão previdenciária (Funape) e analistas de controle interno (SCGE). Já o Bloco 3 contempla cargos de assistente administrativo, técnico em contabilidade, técnico em meio ambiente e agente de fiscalização metrológica (Ipem).
Processo inédito no estado
Segundo o governo, o Concurso Público Unificado busca otimizar os processos seletivos, reduzir custos e oferecer maior previsibilidade aos candidatos. A proposta é que o CPU-PE se torne um modelo permanente, promovendo seleções periódicas e padronizadas para o serviço público estadual.
O edital completo, com todos os detalhes sobre o conteúdo programático, critérios de avaliação e cronograma, está disponível no portal da Fundação Carlos Chagas (www.concursosfcc.com.br) e no Diário Oficial do Estado de Pernambuco.
Com inscrições abertas até novembro e provas marcadas para dezembro, o CPU-PE surge como uma das principais oportunidades do ano para quem busca estabilidade, bons salários e uma carreira pública sólida em Pernambuco.