O casal goiano Cyntia e Vinícius atuava em conjunto para aplicar golpes em todo Brasil (Foto: Reprodução)
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), com apoio da Polícia Civil de Goiás, expos sistema de golpe milionário de casal goiano, nesta quarta-feira (16). Em conjunto, os órgãos atuaram por meio da Operação Corsários Virtuais, para desmascarar o esquema sofisticado de fraudes bancárias pela internet.
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A operação considera Vinícius da Cunha Ferreira, conhecido como “Navegantes”, e sua esposa, Cyntia Jaqueline Caixeta Machado, os beneficiários finais e os principais articuladores do golpe. Juntos, os dois chefiavam o sistema que realizou vítimas em todo Brasil.
Nesse esquema criminoso, as fraudes somam 1,8 milhão. Mas, em apenas um dos casos apurados, uma vítima perdeu mais de 480 mil reais. Desse montante, cerca de R$800 mil foram diretamente para contas gerenciadas pelo casal. Com os recursos, o casal golpista adquiriu veículos de luxo, e os registrou em nomes de terceiros para ocultar a real propriedade. A Polícia Civil apreendeu esses bens durante a operação.
Saiba como os suspeitos aplicavam o golpe
A 26ª Delegacia de Polícia, em Todos os Santos, na Zona Norte do Rio, com apoio da Polícia Civil de Goiás, conduziu a ação. Segundo as investigações, entre novembro de 2024 e março de 2025, Vinícius e Cyntia chefiaram a estrutura criminosa que invadia à distância computadores de correntistas. Por meio disso, o casal acessava contas bancárias e realizava transferências de grandes valores.
Durante a apuração, os investigadores constataram que Vinícius era o operador direto do esquema. Ele recrutava pessoas em situação de vulnerabilidade financeira, os quais chamava de “laranjas” para auxiliar na aplicação do golpe. Esses recrutas abriam contas bancárias e forneciam documentos usados na lavagem de dinheiro. Depois disso, as contas já eram totalmente administradas por Vinícius.
Já Cyntia, de acordo com a Polícia Civil, atuava ao lado do marido como sócia e gestora das empresas de fachada utilizadas para dar aparência de legalidade aos valores.
Em primeiro lugar, o dinheiro furtado das vítimas era transferido para as contas de “laranjas”. Em seguida, o esquema de golpe administrava diversas transações bancárias envolvendo construtoras e transportadoras registradas em nome do casal. Essa etapa dificulta o rastreamento e oculta a origem ilícita dos recursos. Finalizado esse processo, o casal investia nos veículos de luxo e outros bens de alto valor, registrados em nomes de terceiros. A operação da PC já apreendeu esses bens.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 480 mil nas contas do casal que aplicava o golpe, além do monitoramento por tornozeleira eletrônica A Polícia Civil reforçou que a operação não se limita à punição individual dos envolvidos, mas tem como foco o desmonte da estrutura de fraudes virtuais, que vêm se tornando cada vez mais sofisticadas e danosas. A PC também afirma que as investigações continuam para indentificar outros envolvidos nas ações delituosas.
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