O pai da bebê que morreu após ser levada ao hospital com sinais de agressão em Anápolis, região central de Goiás, foi indiciado por homicídio qualificado e maus-tratos, informou a delegada responsável pelo caso, Aline Cardoso. A mãe da criança também foi indiciada, mas apenas pelo crime de maus-tratos, sem indícios de envolvimento direto na morte. O inquérito já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público.
Segundo a Polícia Civil, a bebê foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia 11 de agosto pelo pai, que afirmou inicialmente que a filha havia se engasgado com leite. No entanto, a equipe médica constatou que a criança apresentava lesões incompatíveis com a versão do genitor, incluindo um traumatismo cranioencefálico grave. A bebê foi transferida posteriormente para a Santa Casa de Misericórdia e, depois, para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada em 14 de agosto.
As investigações apontaram que a criança vivia em um ambiente insalubre e que já haviam chegado denúncias anteriores sobre supostas agressões e maus-tratos aos filhos do casal. Por conta disso, os demais filhos foram entregues à avó materna pelo Conselho Tutelar. Segundo a delegada, o pai retirou a bebê da supervisão do conselho sem comunicar as autoridades, possivelmente duas semanas antes do ocorrido.
Durante os depoimentos, o pai negou as acusações, mantendo a versão de que o bebê se engasgou, mas, diante do laudo médico, tentou justificar que as lesões poderiam ter ocorrido acidentalmente ao manusear a criança durante tentativas de socorro. A mãe relatou à polícia que estava trabalhando no momento do incidente e que deixou a filha sob os cuidados do companheiro.
O pai permanece preso preventivamente, enquanto a mãe responde pelo crime em liberdade. As autoridades reforçam que o indiciamento da mãe não envolve participação direta na morte da criança, mas se baseia na situação de maus-tratos constatada durante as investigações.
O caso segue sob acompanhamento do Ministério Público, que ainda avaliará o prosseguimento das medidas judiciais.
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