As transformações no trânsito de Goiânia continuam a impactar a rotina de quem circula pela cidade, especialmente nas regiões centrais e nos setores de maior fluxo. As recentes obras na Praça Tiradentes, no Setor Marista, têm provocado mudanças significativas em vias importantes, como a Avenida 136 e a Avenida 85, que são vitais para o transporte público e privado.
Novo layout viário e mais vagas
A Praça Tiradentes agora funciona como um canteiro central, redefinindo o traçado do tráfego local. Com a adição de vagas de estacionamento ao longo das vias, a prefeitura tenta responder a antigas reclamações dos comerciantes da região sobre a escassez de espaço para carros. Apesar disso, parte da obra ainda não foi concluída, com calçadas instáveis e pontos de ônibus sem estrutura adequada.
O diretor de engenharia de trânsito da capital, Marco Antônio Porfirio, afirmou que a ampliação de faixas na Avenida 85 já começa a mostrar resultados positivos, aliviando o trânsito em horários de pico.
Sentidos alterados e ajustes geométricos
A mudança de sentido em algumas ruas também integra o pacote de intervenções. As ruas 135 e 136 passaram por ajustes geométricos para permitir um tráfego mais fluido e facilitar manobras, como a conversão à esquerda, especialmente para quem se desloca em direção ao Flamboyant ou retorna para a Avenida 85.
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No Setor Sul, a Rua 122 teve retornos fechados, enquanto a Rua 121 recebeu nova sinalização e passará a operar em sentido único.
Segurança do pedestre ainda é desafio
Embora as intervenções contemplem o tráfego de veículos, a segurança dos pedestres ainda enfrenta falhas. Segundo Porfirio, esse também é um ponto prioritário da reestruturação, mas a ausência de faixas de pedestres e sinalização adequada preocupa quem circula a pé.
Imagens do cotidiano na região ilustram o problema: uma mulher tenta atravessar a avenida sem nenhuma sinalização que garanta sua segurança. A previsão, segundo a prefeitura, é que novas faixas elevadas e melhorias para transeuntes sejam implantadas nos próximos dias.
Ainda assim, o maior desafio será educar e conscientizar motoristas e pedestres sobre os novos trajetos e regras. “A mobilidade eficiente exige planejamento, mas também adaptação da população”, reforçou Porfirio.
Enquanto as obras continuam, a população precisa se ajustar às novas rotas e torcer para que a reestruturação não deixe de lado os princípios de segurança e acessibilidade.
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