Fãs, amigos e familiares lotaram a quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, na noite de sábado (8), para se despedir do sambista Arlindo Cruz, morto na sexta-feira (7), aos 66 anos, por falência múltipla dos órgãos. O velório teve início às 18h e reuniu homenagens musicais, cânticos e apresentações que seguiram até a madrugada.
O corpo do artista foi velado em formato de gurufim, tradição que mistura música, dança e celebração, atendendo a um pedido da família. O caixão foi colocado em frente ao palco da quadra, cercado por coroas de flores enviadas por amigos, autoridades e escolas de samba. Entre as mensagens estavam as do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da primeira-dama Janja da Silva e da Beija-Flor de Nilópolis. Bandeiras da Mocidade, Grande Rio, Império Serrano e Flamengo cobriram o caixão. Um telão exibiu imagens de diferentes momentos da carreira do sambista.
Música, fé e emoção marcam despedida de Arlindo Cruz no Rio
Entre os presentes estavam os filhos Arlindinho e Flora, a viúva Babi, e artistas como Zeca Pagodinho, Regina Casé, Hélio de la Peña, Marcelo D2, Marcos Salles e a escritora Conceição Evaristo. O público, que atendeu ao pedido da família para vestir roupas claras, cantou sucessos como O Show Tem que Continuar, Meu Lugar e O Bem. A cerimônia foi marcada por cânticos de candomblé, batidas de atabaques e palmas.
O sepultamento está marcado para este domingo (9), às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste do Rio, restrito a familiares e amigos próximos.
Arlindo Cruz foi compositor e cantor, com sambas interpretados por diversas escolas e intérpretes. Desde 2017, enfrentava complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral que deixou sequelas graves. Em 2023, foi o enredo da Império Serrano, participando do desfile acompanhado da família e de uma equipe médica.
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