Uma mulher de 45 anos foi diagnosticada com um hematoma intramural na aorta após sentir dores intensas no peito durante uma relação sexual. O caso foi publicado no periódico científico American Journal of Case Reports e é classificado como uma ocorrência clínica rara.
Rompimento da aorta
De acordo com o relato médico, a paciente compareceu à emergência após sentir um estalo no peito no momento do orgasmo, seguido de dor aguda com irradiação para as costas. A dor foi descrita como intensa, semelhante a facadas, e acompanhada de falta de ar e náuseas. A mulher também relatou que estava com as pernas apoiadas no peito no momento do ocorrido.
Segundo os profissionais que a atenderam, o quadro foi agravado por fatores clínicos já presentes. A paciente era hipertensa e estava sem tratamento há cerca de um ano. Além disso, era tabagista havia 17 anos. Após exames de imagem, os médicos identificaram a presença de um hematoma na parede da aorta torácica.
Esse tipo de lesão está inserido no grupo das chamadas Síndromes Aórticas Agudas (SAA), que inclui dissecções, hematomas e rupturas da aorta. São quadros graves e potencialmente letais. O risco de mortalidade aumenta cerca de 1% a cada hora sem tratamento, segundo estudos clínicos. Estima-se que até 22% dos casos de SAA não sejam diagnosticados antes da morte do paciente.
Os médicos explicam que a atividade sexual é geralmente classificada como esforço físico moderado. No entanto, dependendo das condições clínicas do indivíduo e da intensidade da relação, o esforço pode se aproximar de níveis elevados. Ainda assim, eventos cardiovasculares relacionados à atividade sexual são incomuns.
Tomografia de tórax mostra o hematoma intramural da aorta torácica. — Foto: American Journal of Case Reports
No caso relatado, os fatores de risco – hipertensão descompensada e tabagismo prolongado – contribuíram para a ocorrência do hematoma. Após o diagnóstico, a paciente recebeu medicamentos para estabilizar o quadro e foi submetida a avaliação para cirurgia cardiotorácica. O tratamento combinou abordagem clínica e procedimento cirúrgico. A alta hospitalar ocorreu após três dias.
Segundo especialistas, o rompimento da aorta, quando não tratado, pode levar a aneurismas ou à ruptura total da artéria, com elevado risco de morte súbita. O acompanhamento médico regular e o controle de fatores de risco como hipertensão e tabagismo são fundamentais para prevenir esse tipo de complicação.
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