O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu nesta quinta-feira (18), um mandado na Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) de Goiânia, que apreendeu um celular em posse de um delegado de polícia preso.
A ação do MPGO realizou uma busca e apreensão na cela em que um delegado de Polícia Civil, apontado como líder da organização criminosa desarticulada na primeira fase da operação, e realizar sua transferência para uma unidade prisional vinculada à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).
Essa nova medida cautelar foi deferida pela 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores de Goiânia (GO) após investigações apontarem que o preso, mesmo em cárcere na unidade da Polícia Civil, estaria exercendo atividades irregulares por meio do aparelho celular, como cobranças incisivas a ex-alunos do instituto de ensino de sua propriedade.
O equipamento encontrado foi usado para envio de mensagens de texto e áudio, de dentro da cela para ontatar ex-aluna, infringindo as medidas judiciais impostas. Pela gravidade dos fatos investigados, o Gaeco pediu a apreensão de qualquer dispositivo eletrônico em posse do acusado e sua transferência para o sistema prisional da DGAP.
Imagem: divulgação/ MPGO
Veja nota da Polícia Civil na íntegra:
A Polícia Civil de Goiás informa que não tinha conhecimento da permanência ou do uso de aparelho celular por custodiado na cela da Delegacia de Investigações de Homicídios, conforme fatos divulgados pelo Ministério Público do Estado de Goiás, por meio do Gaeco, no âmbito da Operação Regra Três.
Esclarece ainda que, em 25 de agosto do presente ano, o delegado titular da DIH apreendeu dois aparelhos celulares em posse de um outro preso custodiado e, de imediato, a Corregedoria da Polícia Civil instaurou procedimento apuratório sobre esses fatos. Em 02 de outubro foi instaurado inquérito policial sobre esse fato e comunicado o Poder Judiciário e Ministério Público.
Ademais, em 27 de Novembro foi feita outra correição nas celas da Delegacia de Homicídios após as denúncias vinculadas nas mídias e, ao término do procedimento correicional, não foi encontrado nenhum aparelho eletrônico. Contudo, em 14 de novembro o custodiado foi transferido e isolado na carceragem da Delegacia Estadual de Capturas.
A Polícia Civil de Goiás reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a observância rigorosa das normas que regem a guarda de presos, bem como com a apuração legal de quaisquer irregularidades, independentemente da condição funcional do investigado.
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