A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou neste domingo (5) que o governo federal não permitirá que candidatos que tentem fraudar o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) tomem vagas de concorrentes honestos. As provas objetivas da segunda edição do certame, conhecido como “Enem dos Concursos”, foram aplicadas na tarde deste domingo.
Segundo a ministra, o compromisso do governo é garantir a lisura do processo seletivo. “Quem fizer a prova de forma honesta e passar poderá entrar. O governo não deixará ninguém que fraudou ocupar o lugar dessas pessoas”, disse Dweck a jornalistas, antes do início da aplicação das provas.
A declaração foi dada três dias após a Polícia Federal deflagrar uma operação contra fraudes em concursos públicos. As investigações incluem possíveis irregularidades relacionadas ao CNU, além de casos ocorridos em seleções das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Para a ministra, o momento da operação foi determinante. Segundo ela, a ação da PF antes da realização do CNU 2 impediu a atuação de uma das principais quadrilhas especializadas em fraudar concursos públicos. “Ter essa operação antes da prova é muito importante, porque essa quadrilha não vai poder atuar neste concurso”, afirmou.
Além da intensificação das medidas de segurança, o CNU 2025 apresenta duas mudanças principais. As provas objetivas e discursivas ocorrem em dias diferentes — 5 de outubro e 7 de dezembro. Outra alteração é o fim das tradicionais “bolinhas” no cartão de respostas, que foram substituídas por um código de barras exclusivo para cada candidato, reforçando o controle de identificação.
A segunda edição do CNU oferece 3,6 mil vagas no total. Destas, 3,1 mil são destinadas a cargos de nível superior e 508 a nível intermediário. Do total de aprovados, cerca de 2,4 mil devem ser nomeados imediatamente após a homologação dos resultados, enquanto 1,1 mil ocuparão cargos de provimento posterior. No total, 32 órgãos públicos federais serão contemplados com novos servidores.
Na véspera das provas, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela execução do concurso, atualizou o Cartão de Confirmação de Inscrição (CCI) com o número da sala física dos candidatos. A instituição reforçou que não houve qualquer mudança nos locais de aplicação.
Dweck também declarou que o governo não planeja realizar uma nova edição do CNU em 2026. Segundo ela, o orçamento do próximo ano já prevê espaço para a convocação dos aprovados desta edição e de outros concursos em andamento.
O cronograma prevê a divulgação dos resultados da prova objetiva em 12 de novembro e a realização da etapa discursiva em 7 de dezembro. A lista final de classificados deve ser publicada em 16 de março de 2026.
Sendo assim, o governo federal busca reforçar a confiança dos candidatos e a transparência no processo de seleção pública, em meio ao maior concurso já realizado no país.