O mercado da beleza segue em ritmo acelerado no Brasil, consolidando o país como um dos maiores consumidores globais de cosméticos e serviços estéticos. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) apontam que o setor movimentou mais de R$ 136 bilhões em 2023, com crescimento acima da média mundial. A expectativa é de que esse avanço continue em 2025, impulsionado pela diversificação de produtos, pela maior presença de marcas internacionais e pelo fortalecimento das pequenas e médias empresas do segmento.
Maquiagem puxa o crescimento do setor
Entre as categorias em expansão, a maquiagem se destaca. De acordo com a Euromonitor International, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de consumo de maquiagem, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão. O aumento da demanda não se restringe às grandes capitais: cidades de médio porte, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, registram expansão consistente, favorecidas pelo crescimento da renda e pela difusão de tendências nas redes sociais.
Brasil é o 4º maior consumidor mundial de produtos de beleza. Foto: Divulgação
Goiás se consolida como polo de oportunidades
Nesse cenário, Goiás desponta como um polo de oportunidades. O estado acompanha o ritmo nacional de crescimento e atrai cada vez mais profissionais e empreendedores interessados em atuar no segmento. Cursos de maquiagem profissional, estética e terapias capilares registram alta procura em Goiânia e no interior, reflexo do interesse crescente de jovens e adultos que enxergam no setor uma chance de inserção rápida no mercado de trabalho. Além disso, a proximidade com Brasília contribui para a circulação de tendências e a abertura de novos espaços de beleza, tanto em salões quanto em atendimentos domiciliares.
Digitalização transforma a forma de consumir beleza
A transformação digital é outro fator decisivo. Plataformas de vídeo e redes sociais se tornaram vitrines poderosas para marcas e profissionais, ampliando o alcance de produtos e serviços. A influência de criadores de conteúdo no TikTok e no Instagram, por exemplo, impulsiona a busca por cursos de aperfeiçoamento e especialização, já que consumidores exigem cada vez mais qualidade, técnica e inovação. Segundo levantamento do Sebrae, mais de 70% dos pequenos negócios de beleza no Brasil utilizam canais digitais para divulgação e relacionamento com clientes, o que reforça a importância da presença online para quem deseja se destacar.
Personalização e diversidade em alta
A tendência de personalização também movimenta o setor. Consumidores buscam produtos adaptados a diferentes tons de pele, texturas e necessidades específicas, estimulando a diversificação de linhas de maquiagem e cuidados pessoais. Esse movimento abre espaço para o fortalecimento de marcas regionais, que conseguem se posicionar de forma estratégica ao atender nichos pouco explorados pelas grandes indústrias.
Geração de renda e profissionalização
Outro ponto relevante é o papel do setor de beleza na geração de empregos e renda. Segundo a ABIHPEC, mais de 6 milhões de pessoas no país atuam de forma direta ou indireta em atividades relacionadas ao segmento. Em Goiás, a realidade não é diferente: o setor se consolidou como uma das principais portas de entrada para o empreendedorismo feminino, com grande presença de profissionais autônomas que utilizam o MEI para formalizar suas atividades.
A expansão também desperta interesse de instituições de ensino e entidades do Sistema S, que ampliam a oferta de cursos voltados para técnicas de maquiagem, design de sobrancelhas, manicure e terapias estéticas. Essa formação profissional contribui não apenas para a qualidade dos serviços, mas também para a valorização da carreira no setor, que historicamente enfrenta desafios como a informalidade e a falta de regulamentação em algumas áreas.
Com consumidores mais exigentes, maior concorrência e novas tecnologias em constante surgimento, o mercado da beleza no Brasil, e em particular em Goiás, se encontra em um momento de consolidação e inovação. A força do segmento vai além da estética: movimenta a economia, gera emprego e cria novas possibilidades de negócio, consolidando o país como protagonista em um dos setores mais dinâmicos e resilientes da atualidade.
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