Grupo criminoso com foco em golpes em produtores rurais goianos engana mais de 10 pessoas em Rio Verde/GO, causando prejuízos aproximados de R$1 milhão. Com isso, a Polícia Civil de Goiás deflagra, nesta terça-feira (07), a Operação Agrofraude, para desarticular essa associação criminosa responsável pela prática de estelionato virtual na modalidade conhecida como “golpe do falso intermediário” na comercialização de grãos de milho.
A ação é realizada por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais de Rio Verde deflagra. O aprofundamento das investigações identificou mais de 41 indivíduos envolvidos diretamente no esquema. Segundo o delegado responsável pelo caso, uma das vítimas chegou a transferir R$275 mil para a conta de golpistas. Ao longo de cinco anos, o grupo realizou uma movimentação financeira superior a R$ 120 milhões, valores totalmente incompatíveis com a renda declarada.
Polícia Civil durante a Operação Agrofraude (Fonte: PCGO)
Saiba como o golpe era aplicado
De acordo com o delegado Matheus Dutra, do GEIC de Rio Verde, o modus operandi dos golpistas consistia em entrar em contato com os coletores de grãos de milho se passando por compradores. Com o objetivo de lucrar com seus produtos, esses coletores, de boa fé, enviam fotos, vídeos, localização da fazenda e características do produto.
Uma vez com posse dessas informações, os golpistas se passam por vendedores para localizar potenciais vítimas. Assim, compradores reais estabelecem uma relação direta com o fraudador. “Desse modo, os golpistas, se passando por proprietários dos produtos, conseguem obter essas vantagens financeiras indevidas, visto que a vítima pensa que está em uma negociação legítima”, diz o delegado Matheus Dutra.
São cumpridos 81 mandados judiciais entre prisões, buscas e apreensões, sequestros de bens e bloqueios de contas bancárias nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas, Acre, Piauí e no Distrito Federal Agora, .os indivíduos poderão responder por estelionato por meio de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro
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