Goiás iniciou o ano de 2025 com um saldo positivo na geração de empregos formais. Em janeiro, o estado registrou a criação de 14.195 novas vagas com carteira assinada, resultado de 94,8 mil admissões e 80,6 mil demissões. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e foram divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no final de fevereiro.
Dentre os principais setores da economia goiana, quatro dos cinco grandes grupos apresentaram crescimento no número de contratações. O segmento de Serviços liderou a expansão, somando 6.882 novas vagas. Em seguida, destacaram-se a Agropecuária (3.113), a Construção Civil (2.570) e a Indústria (1.868). Por outro lado, o setor do Comércio foi o único a apresentar recuo, com a extinção de 238 postos de trabalho.
O rendimento dos trabalhadores também apresentou melhora. O salário médio real de admissão em janeiro teve um acréscimo de 5,83% em relação ao mês anterior, passando de R$ 1.917,84 para R$ 2.029,72. A maior parte das novas oportunidades foi preenchida por homens (9.688), enquanto pessoas com ensino médio completo foram as mais beneficiadas, somando 10.241 contratações. Jovens entre 18 e 24 anos foram o grupo etário com maior saldo positivo, registrando 5.284 vagas.
Entre os municípios goianos, Goiânia se destacou ao gerar 4.035 novos postos de trabalho, alcançando um estoque total de 559 mil empregos formais. Outras cidades também tiveram desempenho positivo, como Rio Verde (1.355), Aparecida de Goiânia (1.134), Jataí (1.052) e Anápolis (721).
No cenário nacional, o Brasil também apresentou crescimento na oferta de empregos. Foram criadas 137.303 vagas com carteira assinada em janeiro, resultado das 2,27 milhões de admissões e 2,13 milhões de demissões. O total de trabalhadores formais no país chegou a 47,3 milhões, refletindo um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Indústria liderou a geração de empregos no país, com 70,4 mil novas vagas. O setor de Serviços ficou na segunda posição, com 45,1 mil postos, seguido pela Construção Civil (38,3 mil) e Agropecuária (35,7 mil). Assim como em Goiás, o Comércio foi o único setor a apresentar queda, com o fechamento de 52,4 mil postos de trabalho.
Apesar dos avanços, a informalidade segue como um desafio. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que aproximadamente 40,28 milhões de brasileiros trabalham sem registro formal, representando 38,9% do mercado de trabalho nacional.