A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) ampliou a vacinação contra a gripe (Influenza) para toda a população a partir dos seis meses de idade. A medida foi comunicada às 18 regionais de saúde e aos 246 municípios goianos por meio de nota técnica. Com a liberação, os municípios já podem organizar e iniciar a imunização de todas as faixas etárias, como forma de conter o avanço dos casos de gripe no estado.
Desde o início da campanha, em 1º de abril, a cobertura vacinal entre os grupos prioritários permanece baixa: apenas 21,20% em Goiás, abaixo da média nacional, que é de 24,38%. Entre os grupos mais vulneráveis a quadros graves estão idosos, crianças e gestantes. Ao todo, 1.499.400 doses da vacina já foram distribuídas aos municípios goianos.
Dados das 23 unidades sentinela mostram um aumento de 26,7% nos atendimentos por síndrome gripal leve desde a segunda semana de março, com predominância do vírus Influenza H1N1 — cuja vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a SES, o aumento de casos leves costuma anteceder uma alta nas internações e óbitos, o que acende o alerta para um possível colapso na rede de saúde.
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Até o momento, Goiás registra 4.132 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 228 óbitos confirmados. O número representa um crescimento de 32% em comparação ao mesmo período do ano passado. As crianças menores de dois anos lideram as internações por SRAG, enquanto os óbitos ocorrem majoritariamente entre os idosos.
Para monitorar a situação, a SES instalou nesta quinta-feira (15) a Sala de Situação de Doenças Respiratórias, que acompanhará em tempo real os dados de internações e a ocupação das unidades de saúde estaduais. As prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia serão convidadas formalmente a integrar o grupo, fortalecendo a articulação entre os entes do SUS.
Goiás possui unidades sentinela em municípios como Goiânia (5), Anápolis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Goianésia, Itumbiara, Rio Verde e outros. Esses postos atuam na identificação precoce e notificação de doenças respiratórias, permitindo uma resposta rápida do sistema de saúde em caso de surtos.
Além da vacinação, a SES reforça a importância de medidas preventivas, como cobrir a boca ao tossir, higienizar as mãos com frequência, evitar aglomerações e usar máscara em caso de sintomas gripais. Ventilar ambientes e proteger crianças e idosos são ações consideradas essenciais.
A síndrome respiratória pode ser provocada por diversos vírus, incluindo Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-CoV-2 e rinovírus. Diante do atual cenário, a Secretaria alerta para a importância da imunização como principal forma de evitar agravamentos e reduzir o número de hospitalizações.