Goiânia está prestes a se transformar na primeira capital brasileira a adotar integralmente o conceito de cidade inteligente. Com investimento previsto de R$ 1,4 bilhão ao longo de 25 anos, o projeto será executado pelo Consórcio Brilha Goiânia, vencedor da licitação realizada na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. O contrato, viabilizado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), promete revolucionar a infraestrutura urbana da capital goiana, trazendo inovação tecnológica, eficiência energética e mais segurança à população.
A proposta vencedora estabelece um repasse mensal de R$ 4,7 milhões durante todo o período contratual. Desse valor, cerca de R$ 444 milhões serão destinados diretamente a melhorias em iluminação pública, conectividade, segurança eletrônica e geração de energia limpa, por meio da instalação de usinas fotovoltaicas.
Entre as ações previstas estão a substituição completa do parque de iluminação por lâmpadas de LED, a implantação de 1.800 câmeras de videomonitoramento, totens de segurança integrados ao Centro de Operações da Prefeitura, e a disponibilização de Wi-Fi gratuito em 75 locais estratégicos, como praças, terminais e pontos turísticos. A cidade também contará com cobertura de internet para 590 prédios públicos, incluindo escolas, unidades de saúde e centros administrativos.
O plano foi elaborado pelo Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), entidade especializada na formatação de projetos inovadores por meio de parcerias público-privadas. A proposta recebeu destaque internacional após ser apresentada no Fórum Mundial de PPPs da ONU, sendo considerada uma referência para outras capitais brasileiras e cidades da América Latina.
Além da conectividade e segurança, o projeto prevê ainda a construção de três usinas de energia solar, capazes de abastecer todo o sistema público de iluminação da capital com energia limpa. A expectativa é de que, com isso, a cidade tenha redução de custos e menor impacto ambiental. Segundo a Prefeitura de Goiânia, o projeto poderá gerar economia de até R$ 500 milhões aos cofres públicos ao longo dos 25 anos de contrato.
Com o aval do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO), o município já está autorizado a assinar o contrato e dar início à fase de execução. De acordo com o prefeito Rogério Cruz, o modelo de cidade inteligente tem potencial para transformar Goiânia em uma referência nacional em gestão urbana moderna. “É um avanço inédito que vai elevar a qualidade de vida da população, ampliar o acesso à tecnologia e tornar os serviços públicos mais eficientes”, declarou.
A previsão é que as primeiras entregas do programa comecem ainda em 2025. Os locais prioritários para implantação dos sistemas serão áreas com maior circulação de pessoas e regiões com índices mais altos de vulnerabilidade social.
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