newsgyn
Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Login
News GYN
  • Notícias
    • Economia
    • Política
  • Brasil
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Tecnologia
  • Vídeos
Sem Resultado
Ver todos os resultados
newsgyn
Sem Resultado
Ver todos os resultados

Goiânia aprova lei para igualdade salarial entre gêneros

Administrador Por Administrador
24 de abril de 2025
Em Cidades
A A
goiania-aprova-lei-para-igualdade-salarial-entre-generos

Goiânia aprova lei para igualdade salarial entre gêneros

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em segunda votação, o Projeto de Lei 168/2023, de autoria da vereadora Kátia Maria (PT), que determina a igualdade salarial entre homens e mulheres no exercício de funções equivalentes. O texto segue agora para sanção do prefeito Sandro Mabel (União Brasil).

O projeto estabelece mecanismos concretos para assegurar a isonomia salarial, como a obrigatoriedade de relatórios anuais de transparência por empresas com mais de 20 funcionários, intensificação da fiscalização, aplicação de sanções administrativas e facilitação do acesso à Justiça para trabalhadoras e trabalhadores que se sintam prejudicados.

A proposta também prevê que empresas flagradas com desigualdades deverão apresentar um plano de ação para correção, com metas, prazos e participação de representantes sindicais.

“A igualdade de gênero ainda está longe de ser realidade no Brasil. Por isso, precisamos de leis que enfrentem a desigualdade e que responsabilizem empresas que praticam diferenciação salarial com base no gênero”, explicou a vereadora.

Para quem vive o dia a dia do mercado de trabalho, essa conquista tem um significado ainda mais profundo. A contadora Júlia Feitosa de Goiânia relata que já enfrentou problemas com salários injustos. “Trabalhei por dois anos na mesma função que um colega homem, com a mesma carga e entrega, e só descobri que ganhava menos quando foi promovido”.

Júlia destaca a importância da nova legislação como um passo para que outras mulheres não precisem passar pelas mesmas situações. “Essa lei representa esperança. É o começo de um caminho que pode, de fato, mudar vidas”.

Segundo dados do Instituto Mauro Borges (IMB), mais de 1,64 milhão de mulheres estão empregadas atualmente em Goiás, representando 42,6% da população ocupada no estado. Esse é o maior índice da série histórica. Apesar do avanço, os salários ainda revelam um desequilíbrio: enquanto o rendimento médio dos homens é de R$ 3.681,24, o das mulheres é de R$ 2.845,53 uma diferença de 22,7%.

Em nível nacional, a realidade também é preocupante. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres brasileiras ganham, em média, 78% do salário dos homens, mesmo quando possuem escolaridade igual ou superior. 

A disparidade é ainda mais acentuada em cargos de chefia: mulheres em funções de direção recebem apenas 61% do que os homens ganham. Quando a análise é feita com base na raça, os números são ainda mais alarmantes: mulheres negras recebem, em média, 33% menos que mulheres brancas.

Estudos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que, no ritmo atual, serão necessários mais de 50 anos para eliminar a desigualdade salarial de gênero na América Latina. Isso significa que, sem políticas públicas eficazes e ações afirmativas, a equidade salarial continuará sendo uma promessa distante.

Apesar disso, o cenário mostra sinais de melhora. O rendimento médio das mulheres em Goiás e Goiânia atingiu o maior valor da série histórica, chegando a R$ 2.730 no último trimestre de 2024. A mesma pesquisa revela que grupos de mulheres com maiores salários incluem integrantes das forças armadas, policiais e bombeiras (R$ 9,3 mil), diretoras e gerentes (R$ 7 mil), e profissionais da ciência e intelectuais (R$ 5,3 mil). Esse crescimento revela que, mesmo com os obstáculos, as mulheres continuam conquistando espaço.

Além disso, o empreendedorismo feminino também se destaca em Goiás. Mais de 147,7 mil mulheres possuem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) registrado, com ao menos 97,6 mil atuando como autônomas. Estima-se ainda que mais de 50 mil mulheres sejam empregadoras, gerando novos postos de trabalho e contribuindo significativamente para a economia do estado.

Segundo o 2º Relatório de Transparência Salarial, elaborado pelos Ministérios do Trabalho e das Mulheres, 1.428 empresas goianas responderam ao questionário sobre igualdade de gênero. Dessas, 41,1% afirmaram ter políticas de promoção de mulheres a cargos de direção e gerência, enquanto 27,6% contam com incentivos específicos para contratação de mulheres negras. Os dados revelam que, embora avanços tenham sido alcançados, ainda há muito a ser feito.

Desigualdade estrutural ainda limita mulheres no trabalho em Goiânia e no Brasil
No Brasil, mesmo com leis que reforçam a equiparação salarial, a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres continua evidente. O mercado de trabalho ainda é fortemente marcado por práticas discriminatórias e estruturas que favorecem os homens, sobretudo em cargos de liderança. Muitas empresas ainda resistem à inclusão plena das mulheres, mantendo uma cultura organizacional que inviabiliza seu trabalho ou as coloca em funções secundárias.

Outro fator preocupante é a dupla jornada enfrentada por grande parte das mulheres brasileiras. Mesmo com inserção no mercado formal, muitas delas continuam responsáveis pelas tarefas domésticas e cuidados com os filhos — funções raramente compartilhadas de forma equitativa. Esse acúmulo impacta diretamente o desempenho profissional, dificultando promoções e aumento de salário.

Além da desigualdade salarial, as mulheres ainda enfrentam menor acesso a oportunidades de qualificação e formação continuada. Isso as coloca em desvantagem na hora de disputar vagas mais valorizadas. E quando se trata de mulheres negras, indígenas ou pertencentes à comunidade LGBTQIAP+, os obstáculos são ainda maiores. A interseccionalidade evidencia que a desigualdade de gênero não é homogênea, afetando grupos sociais de maneiras distintas.

É nesse cenário que a aprovação da lei em Goiânia surge como uma conquista simbólica e prática. Ela fortalece o discurso de equidade de gênero e, mais do que isso, cria ferramentas para transformar a realidade no ambiente de trabalho. A expectativa é que outras cidades adotem iniciativas semelhantes, promovendo uma verdadeira revolução silenciosa nas relações de trabalho. Caso isso ocorra, o impacto poderá ser sentido em escala nacional.

Para a vereadora Kátia Maria, é preciso transformar a cultura e não apenas criar regras: “A discrepância nos salários vem se reduzindo ao longo dos anos, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Não faz sentido que uma mulher receba menos do que um homem exercendo a mesma função. Essa é uma injustiça histórica que precisamos corrigir”.

O texto aprovado em Goiânia reforça o que já está previsto na Constituição Federal e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criando uma estrutura local para garantir que os direitos saiam do papel. Além disso, fortalece a fiscalização e a responsabilização das empresas, exigindo transparência nas práticas de remuneração e oferecendo instrumentos para que as mulheres reivindiquem seus direitos.

Leia mais:  Goiás Social entrega mais de 3 mil benefícios em Porangatu

CompartilhadoTweetEnviarEnviar
Postagem Anterior

Homem é preso após agredir filha de 17 anos em Aparecida de Goiânia

Próxima Postagem

Desaprovação do governo Lula chega a 57,4%, segundo Paraná Pesquisas

Administrador

Administrador

Biografica do Autor

Leia Também

preparativos-do-natal-do-bem-2025-estao-em-andamento
Cidades

Preparativos do Natal do Bem 2025 estão em andamento

12 de setembro de 2025
violencia-contra-aluno-com-deficiencia-levanta-alerta-sobre-apoio-escolar
Cidades

Violência contra aluno com deficiência levanta alerta sobre apoio escolar

12 de setembro de 2025
maior-incendio-florestal-do-brasil-em-2025-e-apagado-pelos-bombeiros-de-goias
Cidades

Maior incêndio florestal do Brasil em 2025 é apagado pelos Bombeiros de Goiás

12 de setembro de 2025
Próxima Postagem
desaprovacao-do-governo-lula-chega-a-57,4%,-segundo-parana-pesquisas

Desaprovação do governo Lula chega a 57,4%, segundo Paraná Pesquisas

Mais Notícias

goias-nao-perde-para-o-coritiba-na-serie-b-desde-2018;-confira-o-retrospecto

Goiás não perde para o Coritiba na Série B desde 2018; confira o retrospecto

12 de setembro de 2025

Coritiba e Goiás fazem o confronto direto entre os líderes da Série B do Campeonato Brasileiro nesta sexta-feira (12), às...

jogos-de-futebol-hoje,-sexta-feira,-(12/09):-horario-e-onde-assistir

Jogos de futebol hoje, sexta-feira, (12/09): Horário e onde assistir

12 de setembro de 2025

Brasileirão Série B Volta Redonda x Criciúma – 19h – ESPN e Disney+ Coritiba x Goiás – 21h30 – Disney+...

anapolina-anuncia-reforcos-no-setor-ofensivo-para-o-goianao-2026

Anapolina anuncia reforços no setor ofensivo para o Goianão 2026

12 de setembro de 2025

Com uma pré-temporada extensa, a Anapolina busca se reforçar para o Campeonato Goiano de 2026. Após o sucesso na disputa...

preparativos-do-natal-do-bem-2025-estao-em-andamento

Preparativos do Natal do Bem 2025 estão em andamento

12 de setembro de 2025

O Governo de Goiás, por meio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e do Goiás Social, iniciou a montagem...

newsgyn

© 2025 Newsgyn Portal de Notícias - contato@newsgyn.com.br

Navegue

  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato

Siga-nos

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Notícias
    • Economia
    • Política
  • Brasil
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Tecnologia
  • Vídeos

© 2025 Newsgyn Portal de Notícias - contato@newsgyn.com.br

Bem vindo de volta!

Entrar na conta

Senha esquecida?

Create New Account!

Fill the forms bellow to register

All fields are required. Conecte-se

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Conecte-se