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Em quatro décadas, idosos passam de 2,9% para 9% da população em Goiás

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15 de outubro de 2025
Em Cidades
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Em quatro décadas, idosos passam de 2,9% para 9% da população em Goiás

O envelhecimento da população goiana é uma das transformações mais marcantes das últimas décadas. De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiás conta atualmente com 964.417 pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 13,7% de sua população.  Embora esse percentual ainda esteja abaixo da média nacional, de 15,8%, o crescimento é expressivo: em 1970, os idosos correspondiam a apenas 3,5% da população do Estado. Em pouco mais de cinco décadas, a proporção quase quadruplicou, um avanço que reflete o aumento da expectativa de vida, a redução da natalidade e as melhorias nas condições de saúde e qualidade de vida da população.

O fenômeno é parte de um movimento mundial conhecido como transição demográfica, em que a queda nas taxas de fecundidade e o avanço da medicina modificam a pirâmide etária. Se antes o Brasil era um País de jovens, hoje caminham para um perfil mais envelhecido e Goiás segue o mesmo caminho. 

A médica e neurocientista Sarah Melo, especialista em geriatria, explica que esse cenário é resultado direto do progresso científico e das mudanças sociais ocorridas nas últimas décadas. Segundo ela, o Estado vem se destacando por oferecer melhores condições de vida, ampliando o acesso à saúde e ao saneamento básico, fatores determinantes para o aumento da longevidade. 

“Esse crescimento no número de idosos é resultado direto da transição demográfica, onde há menos nascimentos e do avanço da medicina. Nas últimas décadas, o Brasil reduziu drasticamente a mortalidade infantil, ampliou o acesso a vacinas, saneamento, alimentação e atendimento básico de saúde. Com isso, as pessoas passaram a viver mais e melhor”, destaca.

Outubro Prateado reforça a importância do envelhecimento ativo
Neste cenário, o Outubro Prateado ganha força como um movimento nacional de valorização da pessoa idosa. O mês é dedicado à conscientização sobre o envelhecimento ativo e à promoção dos direitos dos idosos. 

A campanha busca estimular a autonomia, o respeito e o combate à violência e à discriminação, além de incentivar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e a convivência social. Em Goiás, diversas instituições públicas e privadas realizam ações, feiras de saúde, palestras e eventos culturais para aproximar gerações e discutir o envelhecimento com dignidade.

Para Sarah Melo, campanhas como essa são fundamentais. “Campanhas como o Outubro Prateado trazem o tema do envelhecimento para o centro do debate público. Elas ajudam a quebrar tabus, orientar famílias e incentivar políticas que promovam a inclusão, o respeito e o cuidado humanizado. Mais do que celebrar o idoso, essas campanhas lembram que envelhecer é um processo coletivo e cuidar dessa fase é cuidar do nosso próprio futuro”, conclui.

Mais idosos, mais políticas sociais e saúde

Em Goiás, o envelhecimento se distribui de forma desigual. A maior parte da população idosa vive em áreas urbanas, 93,2%, um percentual superior à média nacional, de 87,4%. Já nas zonas rurais, o quadro se inverte: os homens são maioria, representando 58,1% dos idosos, contra 41,9% de mulheres. 

Cidades pequenas do interior, como Aurilândia (27,7%), Amorinópolis (27,3%) e Aloândia (25,9%), lideram o ranking de envelhecimento, enquanto municípios do Entorno do Distrito Federal, como Águas Lindas de Goiás (6,6%) e Valparaíso (7,6%), apresentam perfil mais jovem, em razão da forte migração e do crescimento populacional recente. Nos grandes centros, os números também chamam atenção: Goiânia possui 15,1% de idosos, Anápolis 14,2% e Aparecida de Goiânia 10,5%.

Esse aumento no número de pessoas idosas traz novas demandas sociais e econômicas. O sistema de saúde precisa se adaptar, ampliando o atendimento especializado e os programas de prevenção. É necessário investir em infraestrutura acessível, transporte público inclusivo e políticas de incentivo à autonomia. 

Além disso, o envelhecimento exige novas formas de convivência e solidariedade social, reforçando a importância da família, da comunidade e do poder público na promoção de um envelhecer saudável e digno.

Outro dado relevante do IBGE mostra que, entre as pessoas com deficiência em Goiás, mais de 40% têm 60 anos ou mais. Isso representa 201.803 pessoas da terceira idade convivendo com algum tipo de limitação, o que demanda cuidados contínuos, reabilitação e atenção integral. 

O desafio é garantir que o envelhecimento não venha acompanhado de exclusão. Em comunidades e áreas vulneráveis, a situação é ainda mais delicada: mais de 8,6 mil idosos vivem em favelas e enfrentam barreiras de acesso a serviços básicos, segurança e mobilidade.

Para Melo, a longevidade é uma conquista, mas também uma responsabilidade coletiva. Ela defende que o foco das políticas públicas e dos cuidados deve estar na qualidade de vida e não apenas na quantidade de anos vividos. 

“Hoje falamos não apenas em longevidade, mas em longevidade com qualidade. Os avanços científicos como a prevenção e o controle de doenças crônicas, a medicina preventiva e integrativa, a reposição hormonal segura e o uso de tecnologias como os testes genéticos e metabolômicos permitem identificar desequilíbrios precocemente e intervir antes que o corpo adoeça”, explica.

A especialista reforça que o envelhecimento saudável envolve corpo, mente e propósito. “Envelhecer bem exige autonomia, propósito e pertencimento. Isso significa estimular o idoso a manter vínculos sociais, praticar atividade física regular, cuidar da alimentação e da saúde mental, além de ter acompanhamento médico adequado. 

“Mas a dignidade também envolve políticas públicas eficazes, acessibilidade, ambientes inclusivos e oportunidades para que o idoso continue participando ativamente da sociedade”, acrescenta.

Sarah também alerta para o etarismo, o preconceito contra pessoas idosas, que ainda é muito presente no cotidiano. “Infelizmente o etarismo ainda é uma realidade silenciosa. A sociedade tende a associar envelhecer à perda, incapacidade ou improdutividade. Para superar isso, é preciso mudar a narrativa sobre o envelhecimento: enxergá-lo como uma fase de potência, sabedoria e reconexão com a própria história. A convivência de várias gerações e a valorização da experiência dos idosos são ferramentas poderosas contra o estigma da idade”, observa.

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