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Crise nas maternidades de Goiânia paralisa atendimentos e expõe impasse entre prefeitura e fundação

Administrador Por Administrador
8 de julho de 2025
Em Cidades
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Crise nas maternidades de Goiânia paralisa atendimentos e expõe impasse entre prefeitura e fundação

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc) informou nesta segunda-feira (7) que parte dos serviços prestados pelas maternidades Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara está suspensa. A medida foi adotada em razão da interrupção no fornecimento de insumos e serviços essenciais, provocada por inadimplência no pagamento de contratos com fornecedores e prestadores de serviço.

Em todas as unidades, o atendimento de porta está restrito a casos classificados como urgência e emergência (fichas vermelha, laranja e amarela), limitando-se a avaliações obstétricas. Novos pacientes encaminhados pela Central de Regulação Municipal não estão sendo admitidos, e os atendimentos ambulatoriais — como consultas, exames e cirurgias eletivas — foram suspensos. Na Maternidade Célia Câmara, todos os partos, normais e cesarianas, estão paralisados devido à ausência de anestesistas.

Técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) visitaram a Maternidade Dona Íris na manhã desta segunda-feira para avaliar in loco a situação. A Fundahc, responsável pela gestão das três unidades, reforçou que a suspensão se deve à falta de insumos básicos, consequência de atrasos nos repasses destinados ao pagamento de fornecedores.

Pacientes com consultas e exames agendados foram orientados a voltar para casa. As transferências de outras unidades também foram suspensas. A fundação esclareceu, no entanto, que não haverá impacto para pacientes já internados ou gestantes em acompanhamento pré-natal.

Mabel dispara: “Gastam demais, gastam mal”
Durante entrevista no último sábado (5), o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, criticou duramente a Fundahc e negou atraso nos pagamentos. Segundo ele, a responsabilidade pela crise é da própria fundação, que enfrenta problemas por ser, segundo suas palavras, “ineficiente e cara”.

“Eles têm que aprender a andar, a negociar, a fazer mais barato, a ter mais gestão — que é justamente o que nós estamos fazendo com Goiânia”, declarou Mabel. “A cidade tinha uma má gestão, foi acumulando dívidas, e agora estamos conseguindo fazer superávit. É isso que falta na Fundahc: gestão.”

O prefeito também criticou os gastos da fundação e disse que a realidade financeira mudou: “Eles gastam demais, gastam mal. Estão acostumados com aquele tempo em que tudo era mamata. Isso acabou. Não existe mais 20 milhões por mês para tocar isso aí.”

Outro ponto abordado por Mabel foi o impacto do atendimento a pacientes de fora da capital, o que, segundo ele, sobrecarrega o sistema municipal: “52% das crianças que nascem em Goiânia são de fora. E é Goiânia que paga. Isso está apertado demais pra gente. Não dá mais pra sair pagando tudo sem controle.”

Como exemplo de austeridade, ele citou a renegociação de contratos, incluindo o valor da diária de UTI: “Hoje a gente paga R$ 1.100 por uma diária de UTI. A diferença é que estamos comprando mais UTIs, dando mais trabalho, mas com o mesmo dinheiro conseguimos fazer muito mais.”

Mabel encerrou com um recado direto: “Acabou aquele tempo em que dinheiro nascia em árvore. Aqui não nasce mais, não. O dinheiro que tem aqui é suado. E ninguém vai tirar um centavinho do Sandro Mabel na brincadeira, não.”

Sindsaúde: “É dever do Estado garantir o serviço”
A suspensão dos atendimentos nas maternidades acendeu o alerta do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO). A presidente da entidade, Néia Vieira, afirmou que a situação é gravíssima e demonstra a fragilidade da gestão da saúde pública municipal.

“A situação transmite a impressão de que a saúde pública se resume a uma questão contratual, de quem paga ou não a conta. Estamos falando de um direito fundamental da população, garantido na Constituição Federal, e que é dever do Estado assegurar”, afirmou.

O Sindsaúde pontuou ainda que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tenta transferir a responsabilidade à Fundahc, mas que a gestão pública não pode ser delegada: “A Fundahc é apenas uma executora da política pública. Toda a responsabilidade pelo acesso e atendimento é da prefeitura.”

SMS afirma que repasses estão em dia
Em nota enviada ao Jornal O Hoje, a SMS informou que uma equipe técnica esteve na Maternidade Dona Íris nesta segunda-feira (7) para verificar as condições de atendimento e as dificuldades relatadas pela Fundahc.

A pasta afirma que não há atrasos nos repasses neste ano. De acordo com a secretaria, foram transferidos mais de R$ 103,6 milhões à fundação em 2025 — média mensal de R$ 17,26 milhões — valor superior ao pactuado, de R$ 12,5 milhões por mês. Segundo a SMS, os repasses adicionais visam amortizar dívidas deixadas pela gestão anterior.

A secretaria esclareceu ainda que débitos com fornecedores são de responsabilidade da própria Fundahc, que possui autonomia para gerenciar os recursos. Um novo repasse está previsto para os próximos dias.

Por fim, a SMS informou que os fluxos de regulação foram alterados para redirecionar pacientes a outras unidades da rede, a fim de evitar prejuízos aos usuários do SUS.

Fundahc cobra R$ 148 milhões da Prefeitura e responsabiliza gestão por crise
Em nota enviada, a Fundahc apresentou sua versão sobre a crise nas maternidades de Goiânia e atribuiu os problemas à redução dos repasses e à inadimplência da Prefeitura. Segundo a fundação, a dívida do município com a entidade soma atualmente R$ 148.521.015,48, valor que inclui obrigações sociais, trabalhistas e fiscais, dívidas com fornecedores e prestadores de serviços, despesas administrativas e operacionais, empréstimos e parcelamentos com a Receita Federal.

A entidade afirma que, conforme os convênios vigentes, o valor mensal pactuado com a Prefeitura deveria ser de R$ 20,6 milhões, mas que a gestão municipal passou a considerar, a partir de 2025, o repasse de R$ 12,5 milhões. Posteriormente, a SMS propôs um reajuste para R$ 14,3 milhões, sem que novos aditivos contratuais fossem formalizados.

Ainda de acordo com a fundação, a tentativa de implementar o valor reduzido foi considerada tecnicamente inviável pela própria SMS, o que agravou o cenário e levou à necessidade de readequações nos serviços prestados. A Fundahc também pontua que os novos planos de trabalho, com os ajustes necessários, seguem em tramitação na secretaria, sem aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde — o que, segundo a nota, reflete fragilidades políticas e institucionais que fogem à sua governabilidade.

De janeiro a julho de 2025, os repasses efetuados pela Prefeitura somam aproximadamente R$ 103,5 milhões, sendo R$ 83,8 milhões para custeio (folha de pagamento, fornecedores, serviços e manutenção), R$ 12,9 milhões para rescisões trabalhistas — decorrentes da redução no quadro funcional — e R$ 6,8 milhões referentes ao piso da enfermagem, verba repassada pelo Governo Federal.

Mesmo diante da incerteza quanto à regularização dos valores pactuados, a fundação afirma que manteve os atendimentos de forma parcial, o que gerou acúmulo de débitos com fornecedores e prestadores. Até esta data, segundo a nota, nenhum repasse referente ao mês anterior havia sido efetuado pela Prefeitura.

A Fundahc encerra a nota reiterando o compromisso com a transparência e a continuidade dos atendimentos nas três maternidades que administra, mas alerta para os impactos negativos da situação sobre pacientes e profissionais da saúde.

Leia mais:DenaSUS inicia auditoria em maternidades públicas de Goiânia após denúncias

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