As fortes chuvas que atingiram Goiânia na tarde de terça-feira, 23 de setembro, causaram estragos em diferentes pontos da cidade. Mas um dos impactos mais sentidos pela população foi no transporte coletivo, especialmente no Eixo Anhanguera e no Terminal Praça da Bíblia.
As duas estruturas, que fazem parte das obras de modernização da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), segundo vídeos divulgados nas redes sociais sofreram com alagamentos, paralisações e até falta de energia.
Em nota enviada ao jornal O HOJE, o RedeMob Consórcio, responsável pela operação da RMTC, o volume de chuva registrado foi considerado muito acima da média. Dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) apontam que a região do Terminal Praça da Bíblia acumulou 44,8 milímetros em apenas 1h30.
Além disso, segundo a resposta da instituição, eles lamentaram o ocorrido e afirmaram que os usuários do transporte coletivo não ficaram sem amparo. “Há um protocolo de contingência (nobreak) que mantém o sistema elétrico alimentado por quase uma hora. Como a energia da rede pública demorou além desse prazo a ser restabelecido, algumas Estações tiveram que interromper a operação, sendo os clientes direcionados para as Estações mais próximas que estavam com energia elétrica e em funcionamento”, afirmou.
No Eixo Anhanguera, considerado o principal corredor de transporte público da Capital, dez plataformas recém-reformadas deixaram de operar após a chuva. Vídeos gravados por usuários mostram os pontos de embarque completamente parados, supostamente por falta de energia elétrica. Passageiros relataram ter aguardado até uma hora e meia por ônibus, enfrentando superlotação, desorganização e atrasos.
Chuvas expõem falhas na Nova RMTC e em terminais recém-reformados
As plataformas paralisadas fazem parte do pacote de reformas promovido pela Nova RMTC, que tem um investimento total segundo o Governo do Estado de R$1,6 bilhão. As melhorias anunciadas incluíam mais conforto, acessibilidade e eficiência no transporte. No entanto, a paralisação dos sistemas eletrônicos após uma chuva levanta dúvidas sobre a real capacidade de funcionamento das novas estruturas.
Outro ponto crítico foi o Terminal Praça da Bíblia. A obra, que ainda não foi oficialmente entregue à população e tem reinauguração prevista para a próxima segunda-feira (29), já sofreu com alagamentos durante o mesmo temporal. Imagens que circularam nas redes sociais mostram o local com grande volume de água no interior da estrutura, prejudicando a circulação e evidenciando falhas no sistema de drenagem.
Em resposta ao ocorrido a rede de transporte alegou que o terminal não sofreu nenhum dano. “O Consórcio esclarece que a estrutura física do novo terminal não sofreu nenhum dano. O episódio de alagamento na entrada sudoeste do terminal ocorreu devido à rede de drenagem pública nas ruas no entorno do novo terminal não ter sido suficiente para drenar o forte e concentrado volume de chuva, o que fez com que a água acumulada nas ruas vizinhas escoasse pela entrada dos ônibus rumo à pista do terminal”, relatou a nota.
O terminal passou por uma reestruturação que custou cerca de R$ 30 milhões. A obra foi anunciada há um ano, como parte das melhorias prometidas pela Nova RMTC. A proposta era entregar uma estrutura moderna, segura e à prova dos antigos problemas. Mas, diante do primeiro grande teste da natureza, o resultado ficou longe do esperado.
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