Goiás já registrou, só em 2025, 63 casos confirmados de coqueluche, uma doença infecciosa respiratória que pode parecer inofensiva no início, mas que evolui com tosse seca e intensa, capaz de durar semanas. O número se aproxima das 70 confirmações de todo o ano de 2024, acendendo um alerta entre as autoridades de saúde.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), os registros atuais se distribuem da seguinte forma: 18 casos em janeiro, 14 em fevereiro, 14 em março, 6 em abril, 10 em maio e 1 em junho. A maior preocupação recai sobre as crianças menores de dois anos, especialmente os bebês que ainda não completaram o esquema vacinal.
Vacinação
A vacinação é considerada a principal medida de prevenção contra a doença. O esquema começa com a vacina pentavalente, aplicada em três doses — aos 2, 4 e 6 meses de vida. Depois, são necessários dois reforços com a vacina DTP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.A criança só fica efetivamente protegida contra a coqueluche depois de completar todo o ciclo vacinal.
Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina dTpa, indicada para gestantes, puérperas e profissionais da saúde que atuam em berçários e creches. A vacinação desses grupos visa proteger os recém-nascidos indiretamente, já que eles são mais vulneráveis à infecção.
A SES-GO afirma que mantém a vigilância epidemiológica da doença em todo o estado, com monitoramento constante de casos e surtos, além de ações de orientação técnica aos municípios. Uma das orientações da pasta é que cada cidade adote estratégias específicas para ampliar a cobertura vacinal, como estender o horário de funcionamento das salas de vacina, promover vacinação em escolas ou realizar busca ativa nas residências.
Apesar do esforço, os índices ainda preocupam. A cobertura vacinal da pentavalente foi de 81,97% em 2024, mas caiu para 78,53% em 2025, de acordo com a secretaria. Pessoas infectadas transmitem a coqueluche ao expelir gotículas ao tossir, espirrar ou até mesmo falar.. Por isso, além da imunização, medidas como etiqueta respiratória, higiene das mãos e atenção aos sintomas são essenciais para conter a disseminação da doença.
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