O Brasil voltou a ser considerado um país livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), após cumprir os protocolos internacionais que determinam, entre outras exigências, um período de 28 dias sem novos registros em granjas comerciais. O anúncio oficial foi feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) nesta quarta-feira (18).
“Com a notificação, o país se autodeclara livre da influenza aviária de alta patogenicidade”, informou o ministério em nota. O único caso confirmado em estabelecimento comercial foi registrado em uma granja no município de Montenegro (RS), no dia 16 de maio. Após a desinfecção do local e o cumprimento do chamado vazio sanitário, não houve novos casos em granjas comerciais.
Apesar do avanço no cenário nacional, o estado de Goiás confirmou, na última sexta-feira (13), seu primeiro caso da doença — porém, em uma criação doméstica. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) identificou o foco em galinhas de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, no Sudoeste goiano. O caso foi confirmado por meio de exames laboratoriais feitos pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), após a morte de cerca de 100 aves com sintomas como asas caídas, secreção nasal e inchaço facial.
Segundo a Agrodefesa, o episódio não compromete o status sanitário do Brasil junto à OMSA, já que envolveu apenas aves criadas fora do sistema de produção comercial. “Mesmo sendo um caso isolado, é fundamental intensificarmos a vigilância e as medidas de contenção”, afirmou o presidente do órgão, José Ricardo Caixeta Ramos.
Entre as ações adotadas em Goiás estão a interdição da propriedade, a instalação de barreiras sanitárias, o monitoramento em um raio de 10 quilômetros e a suspensão de feiras com aves vivas na região. O estado já se encontrava em situação de emergência zoossanitária desde maio.
O Ministério reforça que carnes e ovos seguem seguros para o consumo, desde que devidamente preparados, e que a gripe aviária raramente afeta seres humanos. A prioridade, agora, é notificar os países que haviam imposto restrições às exportações brasileiras, com expectativa de retomada gradual do comércio internacional. (
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