O prefeito Sandro Mabel prometeu, em março deste ano de 2025, uma mudança já aguardada por motoristas e comerciantes da capital: o lançamento do novo aplicativo da Área Azul. A ferramenta teria como principal objetivo modernizar e facilitar o pagamento do estacionamento rotativo em Goiânia, substituindo o sistema atual e oferecendo mais praticidade aos usuários.
Apesar da expectativa, o projeto não iniciou no prazo previsto. Agora, a gestão municipal aponta agosto como a nova data para o lançamento oficial. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (SET), o atraso aconteceu devido à fase de implantação tecnológica e à necessidade de concluir etapas essenciais, como a integração do aplicativo com os sistemas de pagamento, o credenciamento de usuários e comerciantes e a realização de testes com os agentes de fiscalização digital.
A proposta integra o programa Nova Mobilidade e estava entre as metas dos 100 primeiros dias da atual gestão. A ideia é transformar a Área Azul em um sistema mais moderno e eficiente, ampliando o número de vagas de estacionamento rotativo na capital. Atualmente, Goiânia conta com 3.841 vagas sinalizadas, mas a meta é alcançar 16 mil pontos nos próximos anos.
Além da praticidade prometida pelo novo aplicativo — que terá interface intuitiva e permitirá pagamento via cartão de crédito, débito e Pix —, a Prefeitura de Goiânia também prepara uma expansão das áreas contempladas pelo estacionamento rotativo.
A primeira fase prevê a ampliação para cerca de 5 mil vagas, alcançando regiões movimentadas como Campinas, a Região da 44, Setor Oeste e importantes avenidas, como Jamel Cecílio, 136, Mutirão, Castelo Branco e Anhanguera. Até o fim do ano, a expectativa é atingir 9 mil vagas.
A promessa
O prefeito defendeu a implantação do novo sistema como forma de dinamizar o comércio local. “Hoje, em Campinas, 70% dos carros estacionados são de funcionários das lojas. O cliente chega e não tem onde parar. Isso vai agilizar e aumentar o fluxo de clientes, beneficiando o comércio”, argumentou Mabel durante o anúncio da medida.
Outra promessa feita pelo prefeito envolve incentivos fiscais para a construção de estacionamentos verticais e novas modalidades de estacionamento privado. Segundo ele, o objetivo é garantir mais opções de vagas para atender à demanda crescente por espaço nas principais regiões comerciais da cidade.
Enquanto o novo aplicativo não é disponibilizado, os motoristas continuam utilizando o atual sistema, que funciona por meio da página “Área Azul” dentro do aplicativo Goiânia 24 Horas. Nesse modelo, o usuário pode adquirir créditos digitais no valor de R$ 1,50 para uma hora ou R$ 2,50 para duas horas de permanência. Também há a possibilidade de comprar bilhetes físicos em estabelecimentos credenciados.
No entanto, o sistema atual enfrenta críticas, principalmente pela dificuldade de acesso, falhas no funcionamento e pela limitação na quantidade de vagas disponíveis. Comerciantes e moradores das regiões mais movimentadas da capital cobram melhorias desde o início do ano, quando a Prefeitura fez os primeiros anúncios do projeto.
Nota da SET
De acordo com nota da SET, os estudos técnicos já foram finalizados em parceria com a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RedeMob), e o sistema passará por ajustes finais antes de ser disponibilizado ao público. “Estamos nos ajustes finais e a previsão é que o sistema esteja pronto para ser lançado até agosto”, informou a pasta.
O novo modelo também traz mudanças importantes para a fiscalização. A partir do lançamento, os agentes da prefeitura utilizarão ferramentas digitais para verificar o pagamento das vagas, reduzindo o uso de papel e modernizando o controle das infrações. Mesmo com a digitalização, a Prefeitura alerta que os motoristas devem continuar respeitando o limite de tempo permitido, sob pena de multa.
Com a ampliação das vagas e a expectativa de modernização do serviço, Goiânia pretende resolver um problema antigo de rotatividade em áreas comerciais. Além disso, a gestão aposta que o novo aplicativo trará mais eficiência e transparência na arrecadação dos recursos, que deverão ser destinados a melhorias na mobilidade urbana.
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