Aparecida de Goiânia registrou uma redução de 50% nos casos de homicídios entre os dias 1º de janeiro e 22 de julho de 2025. O município, segundo maior do Estado de Goiás, contabilizou 24 homicídios até às 6h42 do dia 22 de julho. Isso representa 24 assassinatos a menos em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Observatório da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).
De acordo com levantamento da Seção de Análise Criminal do 2º Comando Regional da Polícia Militar (2º CRPM), dos 24 homicídios registrados em 2025 no município, 22 vítimas (92%) eram homens e duas (8%) eram mulheres. A análise também leva em conta o perfil das ocorrências, locais de maior concentração e os horários com mais registros de violência, o que auxilia na definição de estratégias direcionadas de policiamento.
O comandante do 2º CRPM, coronel Lucas Antônio de Morais Gomes, atribui a queda histórica à adoção de estratégias focadas no mapeamento e combate às causas dos crimes violentos, especialmente por meio da atuação coordenada entre forças de segurança e fiscalização. “Com essas ações assertivas, nós conseguimos reforçar o policiamento em Aparecida de Goiânia de maneira estratégica”, ressaltou o coronel.
Entre os fatores que contribuíram para os resultados positivos, destaca-se a intensificação de operações em bares e distribuidoras de bebidas, ambientes frequentemente associados a ocorrências de violência. O patrulhamento preventivo em regiões previamente identificadas como críticas também foi ampliado ao longo do primeiro semestre, com apoio do policiamento tático e das equipes da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).
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Outro dado relevante é a efetividade na elucidação dos casos. A Polícia Militar atuou diretamente na identificação de autores em 67% dos homicídios registrados no município no período. De acordo com o 2º CRPM, em 16 dos 24 casos (dois terços), houve definição da autoria. Em 11 dessas ocorrências, os autores foram presos em flagrante, com a prisão sendo efetuada pela própria PM. Em alguns dos casos, a resposta rápida se deu em questão de minutos após o acionamento via 190, conforme informado pelo comando regional.
Essa atuação se deu a partir do compartilhamento de informações entre os agentes de inteligência e as unidades operacionais integradas ao comando regional. A troca de dados em tempo real e o uso de tecnologias de monitoramento e análise contribuíram para a pronta resposta policial, aumentando a taxa de resolução dos crimes.
Os dados municipais vão ao encontro da tendência estadual registrada no Mapa da Segurança Pública 2025, publicado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que indica queda nos homicídios dolosos em Goiás no ano-base 2024. O Estado não aparece entre os de maiores taxas nacionais, segundo a publicação, que também aponta que a padronização e transparência na coleta de dados têm sido fundamentais para análises mais confiáveis e efetivas na formulação de políticas públicas. A consolidação dos dados também permite a comparação mais precisa entre os entes federativos e entre municípios de diferentes portes.
No caso específico de Aparecida, o avanço está diretamente relacionado ao trabalho ostensivo e coordenado das forças estaduais de segurança, segundo o comando local. A Polícia Militar do Estado de Goiás tem reiterado que atua como “patrimônio dos goianos”, reforçando o compromisso com a segurança e o bem-estar da população. A cooperação com a Polícia Civil, com o Ministério Público e com os órgãos de fiscalização urbana também é mencionada pela corporação como fator essencial para a efetividade das medidas.
O resultado alcançado em 2025, embora ainda sujeito a atualizações ao longo do segundo semestre, sinaliza uma mudança de cenário importante em uma das cidades que historicamente figurava entre os municípios com maior número absoluto de homicídios no Estado.
A expectativa das autoridades é que, com o reforço das ações de inteligência e ampliação de operações específicas, a curva de redução se mantenha estável ou até mesmo caia ainda mais até o fim do ano. A PM reforça que segue atuando de forma proativa, com atenção especial às áreas mais sensíveis e com histórico de maior incidência criminal.
A estratégia inclui o mapeamento constante de zonas de risco e o emprego de efetivos especializados sempre que necessário. A tendência, segundo o 2º CRPM, é que o modelo de policiamento adotado em Aparecida sirva de referência para outras regiões do Estado.
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