Da série “Marconi segue os passos mesmos passos de Daniel”, é de observar o empenho dos pré-candidatos em garantirem seu espaço nas igrejas. Em sua passagem pelo Entorno do Distrito Federal (DF), o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) reforçou a importância de dialogar com a Igreja.
Coincidentemente e, na mesma semana, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) se reuniu com lideranças evangélicas que contou com a presença do presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos da Assembleia de Deus do Ministério de Madureira no Estado de Goiás (Comadego), o bispo Oídes José do Carmo.
Vice-governador Daniel Vilela participa de almoço com lideranças de igrejas evangélicas no Palácio das Esmeraldas – Créditos: Jota Eurípedes
Entre igrejas católicas e evangélicas, Marconi busca estar presentes nesses espaços e sua imagem não passa despercebida, sobretudo, pelos padres e pastores que fazem questão de agradecer a presença do vice-governador, além de ressaltar a ajuda que o tucano presta para as instituições.
Marconi Perillo dialogou com Igreja, vereadores e lideranças locais de Planaltina, no entorno do DF – Foto: divulgação
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Em culto dominical da Igreja Mundial do Poder de Deus, no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia, o bispo Roberto, que comandou a celebração, agradeceu o vice-governador, que na época disputava uma cadeira no Senado, pela parceria com as ações sociais da instituição. “Eu não preciso nem dizer, todos nós sabemos do trabalho cristão do nosso ex-governador Marconi Perillo. Ele já fez muito pela obra de Deus e por nossa igreja e é por isso que pedimos que todos oremos por ele, para que ele continue trabalhando por nós”.
Sobre o encontro de Vilela com o bispo Oídes José do Carmo, realizado na última quinta-feira (18), não é a primeira vez que o pré-candidato ao governo do Estado participa de encontros semelhantes. Em celebração ao aniversário de 72 anos do bispo, que ocorreu em agosto, membros importantes da política goiana fizeram questão de estarem presentes, inclusive o vice de Ronaldo Caiado (UB).
Vice-governador Daniel Vilela durante comemoração do aniversário do bispo Oídes José do Carmo, realizado em agosto deste ano – Créditos: André Costa
Cooperação entre Governo e Igrejas
No último evento com lideranças religiosas, Vilela frisou a importância de fortalecer a confiança com igrejas como forma de garantir o respeito das instituições no próximo ano. O discurso do vice-governador parte do princípio de que ações em conjunto com igrejas permite melhor efetivação de pautas de interesse público e a prestação de atenção permanente à população.
Vilela também destaca que a cooperação entre Governo e instituições religiosas colabora para um alcance maior das ações do poder público, assim como do fortalecimento das comunidades de apoio. Nesse sentido, Daniel busca focar na continuidade da parceria entre Governo e Igreja para que tal relação continue harmônica, estável e com “respeito institucional”.
“Sou agradecido pela oportunidade de ter uma relação tão próxima com instituições de tamanha credibilidade, que são parceiras do nosso governo e estão constantemente nos respaldando em nossas ações”, declarou Daniel durante o encontro, realizado no Palácio das Esmeraldas, com as presenças do governador Ronaldo Caiado e da coordenadora da primeira-dama Gracinha Caiado.
Daniel Vilela durante encontro com lideranças religiosas na última quinta-feira (18) – Créditos: Jota Eurípedes
Ao representar as igrejas presentes, o bispo Oídes do Carmo destacou que o diálogo entre religião e poder público ocorre hoje em um contexto de reciprocidade. “Hoje é uma relação de confiança, de parceria, de respeito que existe, e a prova está aqui, quando o governo nos chama de forma respeitosa e com o mesmo respeito aqui comparecemos”, afirmou.
Em entrevista ao O HOJE, o professor e filósofo Guilherme Giani explica como se dá as relações entre política e religião na sociedade atual, de forma com que uma dependa da outra. “Nesse período, observamos massas da população trabalhadora buscando autenticamente o exercício da sua fé, mas sendo cooptadas por um projeto fundamentalista e mercadológico. Só uma luta política realmente combativa poderá enfrentar o fundamentalismo (falsamente) cristão e, principalmente, os grupos oligárquicos”, pontua o filósofo ao O HOJE.
