A Justiça Eleitoral de Goiás cassou, na última terça-feira (29), os diplomas da prefeita de Gameleira de Goiás, Wivviane de Carvalho (PL), o vice-prefeito José Thiago Alves (União Brasil), além de tornar inelegíveis os dois e o ex-prefeito Wilson Tavares (União Brasil) por oito anos. A decisão, que ainda cabe recurso, resulta de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que averiguou o abuso de poder político e econômico e propaganda eleitoral antecipada.
Wivviane, José e Wilson foram denunciados pela coligação Unidos por Gameleira, do candidato derrotado Gilberto Galdino (Republicanos). Segundo a denúncia, no dia 4 de julho de 2024 houve um evento público similar a um comício, com estrutura robusta, ainda na pré-campanha eleitoral, com aval do então prefeito Wilson Tavares.
O entendimento do juiz Sílvio Jacinto Pereira, da 31ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), é de que “a interdição de uma via pública municipal para um evento de tal porte revela a intenção inequívoca de maximizar o alcance junto ao eleitorado, sem falar na exploração na internet, caracterizando, portanto, nítido ato antecipado de campanha eleitoral”.
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Prefeita alega desproporcionalidade da decisão
Em nota, a prefeita afirmou que irá recorrer ao TRE-GO e que considera a condenação “desproporcional”. “Ainda que respeite o entendimento do juízo de primeira instância, a prefeita considera a condenação imposta excessiva e desproporcional, sobretudo diante de um fato ocorrido no período de pré-campanha, que em nada configurou conduta capaz de comprometer a lisura do pleito ou a vontade soberana do eleitorado.” (Especial para O HOJE)











