As forças de segurança do Rio de Janeiro confirmaram a identificação dos quatro policiais mortos durante a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), deflagrada na manhã desta terça-feira (28/10). A ação, considerada uma das maiores já realizadas no estado, mobilizou 2,5 mil agentes nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital.
Entre as vítimas estão dois policiais civis e dois militares.
Os policiais militares mortos são Cleiton Serafim Gonçalves e Herbert, ambos integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Os policiais civis foram identificados como Marcus Vinicius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, e Rodrigo Velloso Cabral, de 34. Marcus, conhecido como Máskara, era chefe da 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita) e tinha ampla trajetória na corporação. Já Rodrigo havia ingressado recentemente na 39ª DP (Pavuna) e estava no cargo havia cerca de 40 dias. Ele morreu após ser atingido por um tiro na nuca.
Megaoperação
A ofensiva policial foi deflagrada nas primeiras horas da manhã para cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha.
De acordo com a Secretaria de Segurança, a operação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/PCERJ) e do Bope (PMERJ).
Foto: Reprodução
Durante os confrontos, moradores relataram tiros intensos e barricadas em chamas. As forças de segurança informaram que os criminosos reagiram com bombas, tiros e drones, em uma das ações mais violentas dos últimos anos no estado.
Coletiva de imprensa
Em entrevista coletiva realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, o governador Cláudio Castro (PL) classificou a ação como “a maior já realizada no Rio”.
Segundo ele, o planejamento buscou evitar confrontos diretos em áreas densamente povoadas, priorizando regiões de mata para preservar a segurança da população.
“Essa foi uma operação extremamente complexa. Planejamos a ação para ocorrer fora das áreas residenciais, com o objetivo de reduzir riscos para moradores e agentes”, afirmou Castro.
As autoridades confirmaram ainda que traficantes lançaram bombas com drones contra equipes da Core, a tropa de elite da Polícia Civil.








