O clima no Goiás Esporte Clube voltou a esquentar. Em meio a uma sequência de resultados ruins e à crescente pressão por desempenho, o clube anunciou na manhã deste domingo (12) a demissão do diretor de futebol Lucas Andrino. A saída ocorre a apenas seis rodadas do fim da Série B, com o time ameaçado de deixar o G4 pela primeira vez desde o início do campeonato.
Andrino, que ocupava o cargo há mais de um ano e meio, vinha sendo alvo de críticas por parte de conselheiros, torcedores e imprensa local. Os questionamentos se intensificaram nas últimas semanas devido ao desempenho inconsistente da equipe e às decisões na montagem do elenco para a temporada de 2025, consideradas equivocadas por boa parte da torcida.
Apesar de um início promissor na competição — considerado, inclusive, o melhor da história recente do futebol goiano na Série B —, o segundo turno do Goiás tem sido marcado por tropeços. O empate em 1 a 1 contra o Athletic-MG, neste sábado (11), foi o quinto jogo consecutivo sem vitória, acendendo o alerta na Serrinha. Com 52 pontos e ocupando atualmente a 2ª colocação, o time pode ser ultrapassado por concorrentes diretos como Criciúma, Chapecoense e Novorizontino, dependendo dos resultados da rodada.
A decisão pela saída de Lucas Andrino foi tomada após uma reunião entre os membros do Conselho de Administração, liderado por Aroldo Guidão, e o Conselho Deliberativo, presidido por Paulo Rogério Pinheiro. A opção por não manter o dirigente reforça a tentativa da diretoria de promover mudanças para tentar reverter o cenário negativo e manter viva a esperança do retorno à elite do futebol brasileiro.
Por ora, o clube não deve anunciar um substituto imediato. Eduardo Pinheiro, gerente de futebol, assume interinamente as funções administrativas do departamento. Já o técnico Vagner Mancini, mesmo sob pressão, permanece no cargo.
A reta final da Série B promete ser decisiva para o futuro do Goiás. Com o acesso ameaçado e a confiança da torcida abalada, a equipe terá que reencontrar o caminho das vitórias para não comprometer um projeto que, até pouco tempo atrás, parecia seguro e ambicioso.