O Atlético-GO protagonizou uma das atuações mais decepcionantes da temporada ao ser goleado por 3 a 0 pelo Volta Redonda, em pleno Estádio Raulino de Oliveira. O resultado, além de expor fragilidades táticas e emocionais da equipe, deixou a diretoria rubro-negra extremamente insatisfeita. O presidente do clube, Adson Batista, foi categórico ao criticar o desempenho dos jogadores, ironizando a apatia em campo: “Parecia que o time tinha comido uma feijoada. Foi a pior partida do ano”, disparou.
A reação do dirigente reflete o sentimento de frustração que tomou conta do Dragão após o segundo revés consecutivo na Série B. Se antes a equipe havia construído uma sequência invicta de oito jogos, agora acumula duas derrotas seguidas, ambas fora de casa — a anterior, contra o Coritiba. Mais preocupante ainda é a forma como os gols vêm sendo sofridos: nos últimos dois confrontos, o Atlético levou cinco gols apenas no segundo tempo.
O técnico Rafael Lacerda assumiu a responsabilidade pelo resultado, reconhecendo falhas na estratégia adotada. “A ideia era pressionar alto e controlar o jogo, mas não conseguimos manter o plano por mais de 15 minutos. A derrota é minha”, admitiu. Alterações táticas, como a entrada de Talisson e a improvisação de Jean Dias na lateral direita, não surtiram efeito. A equipe mostrou-se desorganizada, sem capacidade de reação e exposta defensivamente.
Do outro lado, o Volta Redonda, que luta contra o rebaixamento, aproveitou as fragilidades do Atlético-GO para construir o placar no segundo tempo. Gols de Ygor Catatau, Marquinhos e Bruno Barra selaram uma vitória histórica para os cariocas — que, até então, não haviam vencido ninguém por mais de um gol de diferença na competição.
O revés derruba o Atlético-GO na tabela e praticamente encerra suas chances de acesso. Com 45 pontos, o clube agora precisa buscar forças para ao menos encerrar a temporada com dignidade. O próximo desafio é o clássico contra o Vila Nova, último da temporada, e o retrospecto recente contra o rival não é favorável: duas derrotas em dois confrontos no ano.
Adson Batista deixou claro que espera uma resposta imediata. “Esse time não me representou. Temos que reagir e fazer um clássico decente. A comissão técnica precisa recuperar esse elenco rapidamente”, concluiu.
Com clima de cobrança e moral em baixa, o Atlético-GO chega ao momento decisivo da Série B em meio a dúvidas, pressão interna e um futuro incerto.