Israel libertou nesta segunda-feira (13) todos os prisioneiros palestinos que estavam mantidos em territorio israelense, como parte do acordo de cessar-fogo firmado na semana passada com o Hamas; em troca, o grupo palestino entregou os últimos 20 reféns com vida mantidos cativos por 738 dias, desde 7 de outubro de 2023, quando uma ofensiva do Hamas sob Israel deixou cerca de 1,2 mil pessoas mortas e 251 reféns.
Os ônibus com os libertados chegaram ao longo da manhã a cidades da Faixa de Gaza e a Beitunia, na Cisjordânia, enquanto milhares se reuniam para recebê-los. Em Ramallah, vídeos mostram presos descendo dos veículos vindos da Prisão de Ofer; alguns usavam keffiyehs e fizeram sinais de vitória. Desses, cerca de 250 cumpriam pena perpétua por crimes contra o Estado de Israel.
Foto: Reprodução/ @netanyahu
Israel recebe reféns libertados
Os 20 reféns vivos foram entregues em duas etapas: sete no norte de Gaza e 13 no sul. Israel afirma que ainda há outros 28 reféns mortos e diz que o grupo pediu mais tempo para localizar parte dos corpos; a Cruz Vermelha foi incumbida de recolher os restos mortais ainda em Gaza.
A expectativa pelo fim do cativeiro reuniu centenas de pessoas na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, ponto de vigílias e manifestações políticas em defesa dos sequestrados. Antes da confirmação oficial, alguns reféns já conseguiram contato por vídeo com familiares, e imagens das interações foram divulgadas nas redes sociais pelos familiares. A organização civil “Bring Them Home Now” acompanhou toda a mobilização, transmitindo informações em tempo real e mantendo vigílias desde a madrugada.
O presidente dos EUA, Donald Trump, saudou a operação durante discurso no Parlamento israelense, sendo aplaudido pelos presentes. Enquanto isso, hospitais em Gaza se preparavam para receber os prisioneiros libertados, marcando o primeiro dia de aplicação do acordo de cessar-fogo mediado pelo Egito, Catar e Turquia, que previu a troca entre detidos e reféns sem cerimônias públicas.