O empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos, morto a tiros no último sábado (4) em uma pastelaria de Goiânia, era investigado por suspeita de desvio de R$ 10 milhões em um convênio da área da saúde. Segundo a TV Anhanguera, ele atuava como secretário executivo da associação União Mais Saúde, que mantinha contrato com a Prefeitura de Goiânia para atender pacientes com doenças raras.
De acordo com as imagens de segurança, Fabrício foi atacado enquanto colocava sacos de lixo para fora do estabelecimento. Dois homens armados, usando capacetes, se aproximaram e atiraram várias vezes antes de fugir em uma moto. A Polícia Civil investiga o caso e mantém o inquérito sob sigilo.
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As apurações apontam que, em agosto do ano passado, a União Mais Saúde firmou convênio com a Secretaria Municipal de Saúde para realizar exames em pacientes transplantados e com doença de Crohn, sem processo de licitação. Mesmo sem comprovar a prestação de serviços, a Prefeitura autorizou o pagamento de R$ 5 milhões no mesmo dia da assinatura do contrato.
Diante das suspeitas, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) determinou a suspensão do convênio. A associação teria sido a responsável por procurar o poder público e propor o serviço, o que reforçou as dúvidas sobre a regularidade do acordo. Enquanto isso, a polícia trabalha para identificar os autores e a motivação do crime.