O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta quarta-feira (24), que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se comprometeu a “fazer tudo o que estiver ao seu alcance” para aproximar a Ucrânia de uma solução pacífica. A fala ocorreu após o encontro bilateral entre os líderes, realizado em Nova York durante a semana da Assembleia Geral da ONU, marcando a primeira reunião formal entre eles desde 2022.
“Tivemos boas conversas com o presidente Lula. Na última vez, tivemos uma conversa ampla aqui em Nova York, e isso foi há dois anos. É bom que haja sinais do Brasil, do presidente do Brasil e de sua equipe, de que eles apoiam, antes de tudo, o cessar-fogo e a paz para o povo ucraniano”, disse Zelensky, agradecendo pela “posição clara” do líder brasileiro. O encontro, que durou cerca de uma hora, também incluiu discussões sobre comércio e economia.
Um dia antes, Lula havia reafirmado na ONU que o conflito entre Rússia e Ucrânia não terá solução militar. Ele citou como referência o recente encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, no Alasca, e destacou o papel do “Grupo de Amigos da Paz”, liderado por Brasil e China, na mediação das negociações.
“É preciso pavimentar caminhos para uma solução realista. A Iniciativa Africana e o Grupo de Amigos da Paz, criado por China e Brasil, podem contribuir para promover o diálogo”, afirmou Lula.
O Itamaraty confirmou que Zelensky agradeceu os esforços de Lula em buscar caminhos de paz, enquanto o Planalto informou que o presidente brasileiro reiterou seu compromisso com a resolução pacífica do conflito. O governo destacou ainda que Lula defende que um cessar-fogo seja o primeiro passo para negociações mais amplas, com maior participação da ONU.
O encontro, solicitado pela Ucrânia, ocorre em um contexto de relações marcadas por divergências, incluindo críticas ucranianas à viagem de Lula a Moscou e declarações sobre a responsabilidade compartilhada pelo início da guerra.
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