Com o início da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta semana. Se inicia também uma pressão diplomática sob o governo de Benjamin Netanyah, com uma série de países tradicionalmente próximos de Tel Aviv decidindo reconhecer a Palestina como Estado. Entre eles estão Reino Unido, França, Canadá, Austrália e Portugal.
No total, 145 nações já reconhecem formalmente o Estado Palestino, embora a participação de sua delegação tenha sido restringida pelos Estados Unidos, que barraram a presença em Nova York e limitaram a participação ao formato virtual. O gesto coordenado dos países ocidentais busca forçar Israel a retomar a negociação de uma solução de dois Estados, mas Netanyahu se mantém inflexível e afirma que “Não haverá Estado Palestino”.
Como resposta a ação do ocidente, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, defendeu anexar grande parte da Cisjordânia, o que desfiguraria por completo os Acordos de Abraão. Netanyahu, por sua vez, destacou que a expansão de assentamentos continuará em ritmo acelerado, sugerindo medidas adicionais após sua volta dos Estados Unidos.
Paralelamente, Israel prosseguiu com a ofensiva terrestre em Gaza, com tropas em áreas estratégicas do enclave. As operações, que já motivaram líderes europeus a acusar o país de genocídio, aumentam o desgaste da imagem israelense no cenário internacional.
Israel informou ainda que não participará da reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza, convocada para esta terça-feira, devido ao Ano Novo Judaico, segundo o embaixador Danny Danon. “Apesar do pedido de Israel à Presidência e aos membros do Conselho para remarcar a reunião, o encontro segue fixado para esta data, uma das mais significativas do calendário judaico”, lamentou a autoridade.
A crise ultrapassa os fóruns diplomáticos. Na Itália, sindicatos organizaram paralisação nacional nesta segunda-feira (22), pedindo o rompimento de relações com Israel. Portuários bloquearam acessos a portos e manifestações tomaram as ruas. Em Milão, confrontos na Estação Central deixaram mais de 12 presos e cerca de 60 policiais feridos, segundo autoridades locais.
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