O sindicalista, professor, político e figura histórica do PT em Goiás, Delúbio Soares, visitou os estúdios do Grupo O HOJE na última quinta-feira (11). Entrevistado pelo jornalista Wilson Silvestre no programa “Momento Político”, o petista tratou sobre o panorama atual da política e as pretensões para a disputa eleitoral do próximo ano.
Pré-candidato a deputado federal, Delúbio não esconde a vontade de disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026. Logo no início do bate-papo, o político afirmou que, desde que voltou ao PT em 2015, trabalhou junto ao partido para reconstruir as bases no Estado em prol da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 e que, para o ano que vem, a intenção será a mesma. “Minha disposição de voltar é para contribuir com o partido aqui em Goiás, para que a gente possa ampliar a bancada e contribuir na votação do presidente Lula aqui no Estado em 2026”, destacou Delúbio.
A respeito da disputa eleitoral do próximo ano, o sindicalista chamou atenção para as eleições de parlamentares alinhados ideologicamente a Lula para garantir a governabilidade em um possível novo mandato. “O Lula teve 48,5% dos votos no primeiro turno [em 2022] e a bancada que o acompanha é de 130 deputados. Um terço da votação do presidente Lula refletiu na Câmara dos Deputados. É necessário que a gente mude isso. As pessoas que concordam com a política desenvolvida pelo PT precisam votar no PT e nos candidatos de centro-esquerda”, afirmou o político.
Questionado sobre a polarização política que assola o eleitorado, Delúbio alegou que pacificar o País é o principal objetivo do partido para as eleições do ano que vem. “A coisa mais importante é a pacificação do País. Ambos os lados precisam baixar a bola e acalmar o País. Isso não resolve nada para ninguém. As pessoas que vivem com mais dificuldade querem saber se terão transporte público para ir para casa, se irá com segurança, se terá uma casa para morar”, destacou o petista.
Ademais, o sindicalista também tratou da relação da gestão petista com o agronegócio. Delúbio destacou que procura intermediar a relação entre as partes. O sindicalista explicou que mantém diálogo com proprietários de terra e com o setor agroindustrial goiano, na tentativa de estabelecer um bom relacionamento entre o agro e o governo. “Precisamos nos aproximar mais dos grandes produtores e que eles entendam o investimento que o governo federal tem feito no setor”, disse.
Federalização da educação
Professor de carreira, Delúbio também defendeu durante a entrevista que a educação seja “federalizada”. Soares explicou a proposta: o governo federal iria gerir a educação infantil, até 6 anos de idade, e o ensino médio de todo o País. Já o primeiro ciclo do ensino fundamental, do 1º até o 4º ano, ficaria a cargo das prefeituras. E o segundo ciclo do ensino fundamental, do 5º até o 9º ano, seria responsabilidade dos governos estaduais.
O petista afirmou que o modelo iria alavancar a educação do País e ressaltou que os Institutos Federais (IFs) provam que as gestões federais na educação básica, junto a uma entrada facilitada nas Universidades Federais (UFs) após a formação básica, iriam ampliar a capacidade de produzir ciência no Brasil.
“A China forma milhões de engenheiros doutores todos os anos. Nós formamos milhares. Para cada um aqui, são 20 lá. Como vamos competir com os outros países? Precisamos aprimorar a educação. Se fizermos isso, daqui 20, 30 anos, seremos um país desenvolvido”, descreveu Delúbio. O político afirmou que já apresentou o plano para Lula para que, caso o presidente seja reeleito, o projeto avance na próxima gestão. (Especial para O HOJE)
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