A movimentação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para assumir o protagonismo da oposição trouxe à tona um incômodo inesperado: a presença de seu partido, o Republicanos, no governo federal. Enquanto o ex-ministro tenta se credenciar como herdeiro político de Jair Bolsonaro, aliados do ex-presidente passaram a cobrar que a legenda siga o mesmo caminho de PP e União Brasil, proibindo seus filiados de ocupar cargos na Esplanada.
No centro das críticas está o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Filiado ao Republicanos, ele foi incorporado à equipe de Lula em agosto de 2023, na reforma ministerial que também deslocou Márcio França para outra pasta. Para a ala bolsonarista, manter um correligionário em posição estratégica do governo fragiliza o discurso de Tarcísio como candidato de oposição em 2026.
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A pressão ganhou força após a mais recente visita de Tarcísio a Brasília, quando passou dois dias em reuniões com lideranças do Congresso. O esforço resultou em sinalizações favoráveis do União e do PP à ideia de uma anistia ampla, o que também aumentou as cobranças sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que coloque o tema em votação.
Mesmo assim, o movimento esbarra em resistências importantes. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem indicado que não apoia uma anistia irrestrita e prefere manter interlocução com o Planalto. Nesse cenário, bolsonaristas avaliam que o discurso oposicionista de Tarcísio só será convincente se o Republicanos romper de vez com a gestão Lula.
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