O oficial de Justiça investigado por atirar contra um cachorro em Santa Helena de Goiás compareceu à delegacia nesta terça-feira (26), por volta das 10h30. O servidor foi até o local para prestar depoimento, mas não foi ouvido porque o delegado responsável pelo caso estava em Rio Verde. Por esse motivo, o depoimento foi adiado.
O disparo aconteceu na última sexta-feira (22) e foi registrado por câmeras de segurança. O cachorro, de cor caramelo, sobreviveu ao tiro. No vídeo, o oficial aparece enquanto saía de uma casa após entregar uma intimação. O animal se aproxima e, em seguida, o oficial de Justiça afasta o cão com uma vara. Depois, o cachorro encosta as patas no capô do carro e o homem atira.
Em entrevista à TV Anhanguera, o servidor alegou legítima defesa. “O cachorro me atacou bem antes. Corri até a casa da mulher e pedi ajuda. Quando voltei, vi que o cão ainda me vigiava. Peguei um rodo. Se eu não saio com aquele rodo, só Deus para me guardar. Eu não atirei pra matar”, afirmou. O investigado também disse que as imagens divulgadas estão cortadas e não mostram o início da situação.
Segundo a Polícia Civil, o oficial já tem antecedentes por porte ilegal de arma e dano. Em nota enviada ao jornal O HOJE, o Tribunal de Justiça informou que a juíza da comarca de Santa Helena de Goiás determinou a instauração de um procedimento administrativo para apurar o ocorrido durante o cumprimento de mandado judicial. Como medida cautelar, o oficial foi afastado de suas funções por 90 dias, até a conclusão das apurações.
Na casa do servidor, a polícia encontrou uma espingarda e várias munições, algumas de calibre restrito. Se for indiciado, oficial de Justiça pode responder pelos crimes de maus-tratos a animais e posse ilegal de arma de uso restrito. As penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão em caso de condenação. A polícia também investiga se houve ameaça a uma testemunha.
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