O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (22) que pode ampliar para outras grandes cidades americanas a intervenção federal em segurança pública, já em vigor em Washington desde meados de agosto.
“Chicago, provavelmente, será a próxima cidade que tornaremos segura. Então ajudaremos com Nova York. Podemos fazer uma limpa em San Francisco também”, disse Trump a jornalistas após um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca.
A declaração ocorreu poucas horas depois de seu governo divulgar números que, segundo a Casa Branca, demonstram redução nos índices de criminalidade na capital após a chegada da Guarda Nacional. O envio de tropas ocorreu em 12 de agosto, um dia depois de o presidente anunciar que o crime em Washington estava “fora de controle”.
Cerca de 800 homens da Guarda Nacional foram deslocados para a capital, com previsão inicial de 30 dias de permanência, de acordo com o Departamento de Defesa. A força é composta por militares vinculados ao Exército, que normalmente operam sob comando estadual, mas podem atuar em missões federais com recursos de Washington.
Trump justificou a medida dizendo que Chicago estaria em “situação caótica”, acusando o prefeito da cidade de ser “extremamente incompetente” e afirmando que moradores estariam pedindo intervenção semelhante à da capital.
As críticas locais, no entanto, foram imediatas. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, classificou a ação como “alarmante e sem precedentes”. Já o procurador-geral de Colúmbia, Brian Schwalb, chamou a decisão de “desnecessária e ilegal”, ressaltando que a Guarda Nacional não possui autoridade para efetuar prisões.
Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, Trump já havia indicado o desejo de colocar a capital sob controle federal. Agora, ao mencionar outras cidades como possíveis alvos da mesma política, amplia a tensão com lideranças democratas locais.
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