A Polícia Federal (PF) incluiu em relatório um áudio do pastor Silas Malafaia enviado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A gravação integra o material que levou ao indiciamento de Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Na mensagem, Malafaia critica diretamente Eduardo Bolsonaro. O pastor afirma ter repreendido o parlamentar por discursos nacionalistas e relata ter advertido o filho do ex-presidente sobre a repercussão de suas falas. O conteúdo foi localizado durante a investigação que apura a suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida entre 2022 e 2023.
O relatório da PF aponta que Jair Bolsonaro e Eduardo atuaram para restringir o exercício dos poderes constitucionais e que buscaram, em diferentes momentos, descredibilizar autoridades responsáveis pelos inquéritos em andamento. Segundo os investigadores, a comunicação entre Malafaia e o ex-presidente revela tensões internas e contradições dentro do grupo político.
As conclusões foram encaminhadas à Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão deve avaliar se apresenta denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou se arquiva o caso. A decisão caberá ao Ministério Público, que analisará se as provas reunidas sustentam acusação contra Jair Bolsonaro e seu filho.
Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar em Brasília. Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde mantém contatos políticos e defende sanções contra ministros do Supremo.
O relatório da PF também destaca o contexto internacional, lembrando que os Estados Unidos aplicaram sanções a autoridades brasileiras e que o ex-presidente Donald Trump classificou as investigações contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas”.
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