A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu pelo segundo mês consecutivo, alcançando 46%. A desaprovação recuou para 51%, enquanto 3% não souberam ou não responderam.
Os dados apontam que a diferença entre aprovação e desaprovação caiu pela metade em um mês. Em julho, 43% aprovavam o governo e 53% desaprovavam. Agora, o índice positivo avançou três pontos percentuais, enquanto o negativo recuou dois pontos dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com a série histórica da Quaest, essa é a maior aprovação desde janeiro deste ano, quando o índice foi de 47%. O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 17 de agosto, com 2.004 entrevistas presenciais em oito estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Recuperação é mais forte no Nordeste
O crescimento da aprovação ocorreu em todas as regiões do país, mas o destaque é o Nordeste, onde Lula registrou sua maior recuperação. A aprovação passou de 53% em julho para 60% em agosto. Já a desaprovação recuou para 37%, tornando-se a única região em que o presidente é mais aprovado do que reprovado.
No Sul, a aprovação avançou de 35% para 38%, embora a desaprovação tenha se mantido em 61%. Já no Norte e Centro-Oeste, o índice de aprovação cresceu de 40% para 44%, enquanto a desaprovação caiu de 55% para 53%.
Entre os grupos analisados, Lula tem desempenho melhor entre mulheres (48%) do que entre homens (44%). Também se destaca entre pessoas com 60 anos ou mais, das quais 55% aprovam sua gestão. Já entre os mais jovens, de 16 a 34 anos, a aprovação é de 43%.
O nível de escolaridade também influencia os índices. Entre os que têm ensino fundamental, 56% aprovam o presidente. Já entre aqueles com ensino médio completo, a aprovação cai para 41%, e entre os que possuem ensino superior, o índice é de 42%.
Em relação à renda, os números seguem em linha inversa: quanto maior o rendimento, menor a aprovação. Entre os que recebem até dois salários mínimos, 55% avaliam positivamente o governo. Entre quem ganha mais de cinco salários mínimos, o percentual cai para 39%.
Na divisão por religião, a aprovação é de 54% entre católicos, mas cai para 31% entre evangélicos.
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Economia e percepção sobre preços influenciam resultado
Os dados da Genial/Quaest também mostram melhora na percepção sobre a economia e a inflação. Entre os entrevistados, 22% disseram acreditar que a economia melhorou nos últimos 12 meses, ante 21% em julho e 18% em maio. Já os que afirmaram que a economia piorou se mantiveram em 46%, e 30% disseram que permanece igual.
Na avaliação sobre o preço dos alimentos, houve mudança significativa. Em julho, 76% acreditavam que os produtos tinham ficado mais caros no último mês. Agora, esse número caiu para 60%. Já os que disseram que os preços diminuíram subiram de 8% para 18%.
Felipe Nunes, CEO da Quaest, afirmou que os resultados estão ligados a fatores econômicos e políticos. “A percepção do comportamento do preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Ao mesmo tempo, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais”, disse.
A pesquisa tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos percentuais.
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