O influenciador paraibano Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira (15), em São Paulo, no âmbito de investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Ele é acusado de envolvimento na exploração e exposição de menores de idade em conteúdos publicados nas redes sociais. O caso ganhou destaque nacional após denúncias do youtuber Felca, que apontou episódios de “adultização” de crianças e adolescentes.
Desde 6 de agosto, quando Felca — que possui mais de 4 milhões de inscritos no YouTube — mencionou o caso em um vídeo, Hytalo passou a ser alvo de decisões judiciais. Entre as medidas determinadas pela Justiça da Paraíba, a pedido do MPPB, estão a suspensão de suas redes sociais, a desmonetização de seus vídeos e a proibição de contato com adolescentes mencionados nos processos.
Na última terça-feira (12), a promotora Ana Maria França obteve liminar que determinou o bloqueio das contas do influenciador e a retirada do retorno financeiro de todos os conteúdos já publicados. A decisão também impôs restrições de aproximação das supostas vítimas.
Nos dias seguintes, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Na quarta-feira (13), policiais não conseguiram acessar o imóvel de Hytalo, em João Pessoa. Já na quinta-feira (14), com autorização judicial para arrombar portas se necessário, agentes apreenderam celulares e um computador no endereço.
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A defesa do influenciador afirmou que ele não tinha conhecimento prévio sobre o cumprimento de mandados e ressaltou que Hytalo nega todas as acusações. Em nota, declarou que o cliente “jamais compactuou com qualquer ato que atente contra a dignidade de crianças e adolescentes” e que confia na elucidação dos fatos no decorrer das investigações.
As apurações do MPPB começaram antes da repercussão do vídeo de Felca. No município de Bayeux, a promotora Ana Maria França conduz investigação aberta no fim de 2024, após denúncias de vizinhos de que adolescentes participavam de festas com bebida alcoólica e faziam topless no condomínio do influenciador. Em João Pessoa, o promotor João Arlindo apura suspeitas de um esquema para conseguir a emancipação de menores em troca de presentes, como celulares, para suas famílias. Segundo ele, o relatório do inquérito deve ser concluído na próxima semana.
Paralelamente, o Ministério Público do Trabalho também analisa o caso. O procurador Flávio Gondim informou que foram examinados mais de 50 vídeos publicados nas redes sociais de Hytalo e colhidos mais de 15 depoimentos de envolvidos na produção do material.
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