O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) afirmou, em vídeo publicado em suas redes sociais nesta sexta-feira (8/8), que não compreendeu a situação durante a sessão da última quarta-feira (6/8) na Câmara dos Deputados por ser autista. Ele explicou que não tentou impedir o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de reassumir a cadeira que ocupa na Mesa Diretora.
Pollon é um dos 14 parlamentares que serão analisados pela Corregedoria da Câmara por participação no motim que manteve o plenário obstruído por cerca de 30 horas. Segundo ele, a permanência no assento não foi um ato de afronta.
No vídeo, o parlamentar afirmou que o colega Marcel van Hattem (Novo-RS) o acompanhava para auxiliá-lo. “Ele estava lá como uma pessoa que estava dando suporte para um autista. Eu tinha dúvidas sobre o rito para desocupação do espaço e o combinado não foi cumprido. Nós desceríamos antes que o presidente subisse”, disse Pollon.
O impasse ocorreu durante protesto da ala bolsonarista contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em 4 de agosto. Os deputados defendiam que fossem votados, de imediato, três temas: anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro, fim do foro privilegiado e impeachment de Moraes.
Na quarta-feira (6/8), Hugo Motta convocou sessão e anunciou que parlamentares que mantivessem a obstrução poderiam ser suspensos por seis meses. Dois dias depois, a Mesa Diretora encaminhou à Corregedoria representações contra os envolvidos.
A lista inclui: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Luciano Zucco (PL-SC), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Marcos Pollon (PL-MS) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
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