A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada nesta segunda-feira (4/8) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou reações no meio político. O deputado federal Reginaldo Veras (PV-DF) responsabilizou o também parlamentar Nikolas Ferreira (PL-MG) pelo episódio e o classificou como “moleque”. A declaração foi feita nas redes sociais após a divulgação da decisão da Corte.
Segundo Veras, Nikolas teria contribuído diretamente para o agravamento da situação de Bolsonaro ao envolvê-lo, por meio de uma chamada de vídeo, em ato realizado no domingo (3/8), em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes entendeu que a ação configurou descumprimento das medidas cautelares previamente impostas ao ex-presidente.
A decisão do STF cita expressamente a participação de Nikolas Ferreira. Conforme o despacho, Bolsonaro atendeu uma ligação feita pelo deputado durante a manifestação, o que teria sido usado para impulsionar mensagens com teor de coação ao STF e tentativa de obstrução da Justiça. A menção serviu de base para justificar a nova medida contra o ex-presidente.
Além da prisão domiciliar, Moraes determinou restrições adicionais a Bolsonaro. Ele não poderá receber visitas, com exceção dos advogados ou pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ex-presidente também está proibido de usar celular, direta ou indiretamente, por meio de terceiros. A decisão inclui ainda a ordem de busca e apreensão de aparelhos telefônicos em posse de Bolsonaro.
“Finalmente fez algo que preste”: parlamentar ataca Nikolas após prisão de Bolsonaro. Foto: Divulgação
De acordo com o ministro, houve produção de material em vídeo por Bolsonaro durante as manifestações. O conteúdo foi publicado nas redes sociais de seus filhos, apoiadores e parlamentares aliados. Moraes afirma que o material continha incentivo a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio explícito a medidas antidemocráticas, incluindo menções a intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.
A manifestação do deputado Reginaldo Veras ocorre em meio ao debate sobre o limite de atuação política nas redes sociais e o papel de parlamentares na amplificação de discursos considerados ofensivos à ordem constitucional. O caso segue sob análise do STF no âmbito dos inquéritos que investigam tentativa de golpe de Estado e ataques às instituições.
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