O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (28) que irá reduzir o prazo anteriormente estipulado à Rússia para alcançar um acordo de paz com a Ucrânia. Inicialmente de 50 dias, o novo limite será de “10 a 12 dias”.
“Estou decepcionado com o presidente Putin. Vou reduzir aqueles 50 dias que dei para um número menor, porque acho que já sei qual vai ser a resposta do que vai acontecer”, declarou Trump durante agenda com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia. O norte-americano criticou a postura do Kremlin diante das negociações de cessar-fogo. “Não há motivo para esperar… Simplesmente não vemos nenhum progresso sendo feito”, disse. Ele ainda afirmou que não tem mais interesse em dialogar com o líder russo: “Não estou mais tão interessado em conversar [com Putin]”.
Trump havia anunciado o plano de impor “tarifas severas” de 100% à Rússia e seus parceiros comerciais em 14 de julho, caso o país não encerrasse a guerra em até 50 dias. Na ocasião, o Kremlin classificou a fala como “séria”, mas afirmou que precisaria de tempo para analisá-la. Já um assessor de Putin considerou a ameaça um “ultimato teatral”. Com a fala desta segunda, Trump reforçou a crítica de que o presidente russo estaria apenas simulando interesse em um acordo de paz. A Ucrânia, que vem sofrendo uma ofensiva agressiva da Rússia, elogiou a redução do prazo.
Trump afirmou que, se dependesse apenas dele, o conflito já teria terminado em quatro ocasiões. Segundo o presidente americano, cada tentativa foi frustrada por ataques russos: “O líder russo se opunha e começava a lançar foguetes contra alguma cidade ucraniana, como Kiev, e matar pessoas”.
Em resposta, o governo russo afirmou que os ultimatos de Trump são uma ameaça e um passo rumo a uma guerra direta entre EUA e Rússia, segundo Dmitry Medvedev, responsável pela segurança do Kremlin. “Trump está jogando o jogo do ultimato com a Rússia: 50 dias ou 10, ele deveria se lembrar de duas coisas: A Rússia não é Israel, muito menos o Irã; e cada novo ultimato é uma ameaça e um passo em direção à guerra. Não entre a Rússia e a Ucrânia, mas com o próprio país dele”, declarou.
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